Cuidar do coração é muito importante e existe um conjunto de 'regras' que, supostamente, todos devemos seguir. No entanto, segundo o Huffpost, agregador de blogues, algumas podem, e devem, ser ignoradas. 

Pode ser difícil saber o que está certo ou errado, diz Brittany Owen, cardiologista, além disto, existem várias informações contraditórias a circular na internet e nas redes sociais. Também é preciso ter em consideração que as pessoas são todas diferentes e não reagem da mesma forma. 

O Huffpost falou com vários especialistas para esclarecer dúvidas e mitos. Por exemplo, muitas pessoas, tomam todos os dias aspirina, numa tentativa de prevenir ataques cardíacos. É algo muito comum, mas que não tem o efeito pretendido em toda a gente, aliás pode ter alguns efeitos secundários, como sangramento gastrointestinal. Tendo isto em conta é um hábito, no geral, desnecessário, diz Michael Weinrauch, cardiologista. 

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É essencial falar com o médico antes de começar a tomar aspirina todos os dias. Assim conseguirá ter em conta o seu historial médico e os possíveis efeitos negativos que o medicamento pode ter. 

Outra ideia incorreta é que o sal 'normal' deve ser substituído por sal marinho. Os especialistas afirmam que têm quase o mesmo valor nutricional e são processados, pelo corpo, exatamente da mesma forma. Por isso, qualquer que seja o sal que usa, o importante é evitar consumi-lo em excesso. 

O mesmo acontece com substitutos do azeite, como o óleo de coco, um produto com elevadas quantidades de gorduras saturadas. Não vale a pena substituir o importante é controlar a quantidade que usa, já que o excesso pode levar a elevados níveis de colesterol, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Se quiser mesmo alternativas, os especialistas recomendam que experimente azeite extra virgem ou óleo de abacate. 

Também não vale a pena trocar o tabaco pelos cigarros eletrónicos. Brittany Owen diz que a inalação de ar quente é prejudicial independentemente da sua origem. Explicando que ao fumar cigarros eletrónicos se está a consumir "produtos químicos tóxicos e óleos que podem criar feridas os pulmões". Além disto, se continua a ingerir nicotina, vai fazer com que a sua pressão arterial, provocando hipertensão e consequentemente, problemas de saúde no coração.

A ideia que o café faz mal à saúde do coração também está errada, segundo o Huffpost. Beber duas ou três chávenas, diariamente, pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, no entanto, caso tenha problemas de saúde, como arritmia, deve ter cuidado. 

Consumir álcool, mesmo que em moderação, pode ser um problema. O Huffpost explica que os níveis recomendados pelas entidades mundiais estão relacionados com problemas como insuficiência cardíaca. Por isso, é importante limitar as quantidades que consome, especialmente, se já tiver algum diagonóstico. 

É importante evitar ser sedentário, no entanto, não é suficiente dar 10 mil passos por dia, para prevenir doenças cardiovasculares. O ideal é um equilíbrio, por exemplo, se gosta de fazer caminhadas, tente fazê-las a um ritmo mais acelerado. 

Já todos ouvimos dizer que a parte mais saudável do ovo é a clara, no entanto, é na gema que estão a maior parte dos benefícios, é o caso das vitaminas A, B12, D e K, por exemplo. Muitos dos nutrientes nesta parte do alimento são essenciais para prevenir problemas de saúde.

O importante é não abusar. Os especialistas recomendam que coma três a cinco ovos, por semana, acompanhados de outros alimentos que não sejam prejudiciais para o colesterol como aveia, abacate ou fruta e vegetais frescos. 

Outra ideia, completamente, errada é que todas as gorduras fazem mal à saúde. Existem tipos de gordura distintos, por isso, só deve evitar as que são as saturadas. Já as monoinsaturadas, por exemplo, podem ser muito úteis para baixar o colesterol. É facilmente encontrada em alimentos como nozes, abacate, manteiga de amendoim.

Também é importante saber que elevadas quantidades de colesterol 'bom', não fazem com que as de colesterol 'mau' diminuam. É verdade que, o primeiro faz com que o segundo seja expulso pelo corpo, no entanto, é possível que pessoas que o têm muito alto, estejam mais em risco de vir a ter doenças cardiovasculares. O essencial é que os níveis estejam equilibrados. 

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