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Muitos casos de demência podiam ser evitados desta forma

As descobertas de um estudo recente representam um avanço na luta contra esta doença.

Muitos casos de demência podiam ser evitados desta forma

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Notícias ao Minuto
13/09/2022 17:00 ‧ há 3 anos por Notícias ao Minuto

A vitamina do sol parece conferir proteção contra a demência, um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Segundo um estudo recente, realizado por investigadores da University of South Australia, 17% dos casos de demência podiam ser evitados em certas populações ao aumentar os níveis de vitamina D.

O estudo, publicado na American Journal of Clinical Nutrition, demonstra uma relação direta entre a demência e a falta de vitamina D. Além de referir que a baixa concentração de vitamina D está associada a um menor volume cerebral e a um maior risco de demência e AVC, o estudo salienta análises genéticas que corroboram uma causalidade entre insuficiência de vitamina D e demência.

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Os investigadores referem concretamente que, em certas populações, até 17% dos casos de demência podiam ser evitados, simplesmente aumentando a vitamina D no sangue das pessoas para 50 nmol/l, que é o valor considerado normal.

A demência é uma doença potencialmente devastadora que afecta mais de 55 milhões de pessoas no mundo inteiro. Todos os anos são diagnosticados 10 milhões de novos casos. 

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.

O estudo baseia-se em dados de 294.514 participantes do UK Biobank, uma base de dados biomédica e de documentação de investigação, com informações genéticas e de saúde detalhadas sobre cerca de meio milhão de participantes do Reino Unido.

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Os cientistas sublinham que esta é a primeira investigação a examinar o impacto de níveis muito baixos de vitamina D nos riscos de demência e AVC, utilizando análises genéticas sólidas numa grande população estudada. Concretamente, nesta população britânica do UK Biobank observaram que 17% dos casos de demência podiam ter sido evitados com o aumento dos níveis de vitamina D para os valores normais.

Não existem alegações de saúde oficiais relativas aos efeitos da vitamina D na saúde mental. Todavia, a ciência constatou que há receptores da vitamina D em praticamente todos os tecidos do organismo, cérebro incluído, pelo que há motivos para pressupor que a boa saúde do cérebro depende de quantidades suficientes do nutriente, tal como acontece com os ossos, dentes, músculos e outros tecidos.

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Poderá ser aconselhável fazer suplementação

Importa também referir que há insuficiência generalizada de vitamina D no mundo inteiro, mesmo em regiões geograficamente privilegiadas, onde seria de esperar que a exposição ao sol fosse suficiente para garantir às pessoas níveis saudáveis deste nutriente. Contudo, as campanhas de sensibilização para os riscos associadas à exposição solar, bem como a permanência em espaços interiores, entre outros fatores, contribuem para a baixa concentração de vitamina D em muitas pessoas.

Cada vez mais pessoas têm consciência da importância de ter níveis séricos adequados de vitamina D, razão pela qual tomam um suplemento diário, por precaução. Mas é sempre boa ideia optar por um suplemento de vitamina D documentado em estudos publicados.

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