João Kopke é um surfista português, de 28 anos, que também é cantor lírico e contador de histórias e, agora, o rosto do programa Experiências.pt, que estreia esta sexta-feira no canal Casa e Cozinha. O objetivo? Mostrar o tanto que Portugal tem por explorar.
Em cada um dos 19 episódios, o espetador é conduzido numa viagem a várias regiões portuguesas, incluindo as ilhas. O desafio de João Kophe é a concretização de uma experiência imersiva.
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O que é que pode adiantar sobre o Experiências.pt?
O Experiências surge num momento muito importante. É uma lufada de ar fresco e, ao mesmo tempo, um regresso àquilo que já conhecíamos e do qual estivemos privados durante dois anos. É um programa de viagens, de pessoas, cultura, gastronomia e experiências em Portugal. Ou seja, tenta valorizar aquilo que é nosso e que dá a conhecer as aspetos do nosso país que nós nem sabíamos que podiam estar aqui tão perto e mostra que Portugal pode ser tão encantador e rico como uma viagem ao outro lado do mundo.
Pode dizer-nos o nome de alguns dos destinos que irá visitar?
O país inteiro, literalmente. Visitámos o Minho de canoa, o Douro, Arouca, fomos às grutas em Mira de Aires, ver os dinossauros na Lourinhã, a Peniche e ao Oeste, ao fomos ao Algarve, tanto o barvalento como o sotavento, às ilhas...
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Que experiências podemos esperar?
Um pouco de tudo, desde descer as grutas de Mira de Aire - para mim foi a mais marcante - com os paleontólogos. Foi uma experiência de rappel completamente radical e para a qual não estava minimamente preparado, mas sobrevivi. Descemos 17 metros e depois entrámos por um buraquinho minúsculo, um pouco clautrofóbico, para uma galeria sem qualquer luz e que poucas pessoas exploraram. Também fiz mergulho à procura de bicharada, vi vida selvagem, surfei, pisei uvas e mergulhei no mosto e sempre comendo muito bem. Passei por lugares maravilhosos. Alguns nem sequer sabia que existiam. Foi um programa que deu para perceber que Portugal é extremamente transversal no que toca ao que se pode fazer. Tem uma extensão pequena demais para o interessante que é. É meio paradoxal.
E quais os que ficaram no seu top 3? Que destinos mais o marcaram?
É muito difícil escolher e um pouco ingrato, mas na Costa Oeste, por exemplo, achei super interessante a forma como as pessoas aproveitam e vivem tudo à volta do mar. Também foi um programa que me aproximou um pouco mais do mar em si, porque pude fazer umas ondas, mas mais do que isso consegui aproveitar o mar de muitas formas: fazer coasteering, ir aos percebes... No fundo, vi a minha 'casa' ser aproveitada de tantas formas e tão distintas.
Na Serra de Aires e Candeeiros, as grutas de Mira de Aires foram, talvez, um dos momentos mais marcantes da minha vida. Foi um momento de superação enorme e em que senti que não seria capaz de fazer aquilo. Em Moura vivi uma experiência riquíssima de natureza. Podemos ver comportamentos de animais selvagens de grande porte, uma subespécie ibérica de veado que pode circular livremente entre Portugal e Espanha e ver a brama dos veados, em que os machos estão numa 'luta de forças' para tentar acasalar. Aproveitámos também o céu de Alqueva e tive oportunidade de vê-lo com o astrofotógrafo Miguel Claro.
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