O hábito (pouco higiénico) que pode aumentar o risco de demência

Segundo um novo estudo é possível que as bactérias viagem através do nervo olfativo, na cavidade nasal, cheguem ao cérebro e criem marcadores que estão, no geral, relacionados com demência, explica o The New York Post.

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Notícias ao Minuto
31/10/2022 19:09 ‧ 31/10/2022 por Notícias ao Minuto

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Saúde

Já toda a gente sabe que usar o dedo para limpar o nariz é um hábito muito feito (e pouco higiénico), mas é possível que tenha ainda mais consequências do que pensa, diz um novo estudo. Investigadores sugerem que colocar o dedo no nariz pode aumentar o risco de demência. 

Segundo o estudo, feito na Universidade Griffith, na Austrália, e partilhado online, as bactérias nocivas podem viajar, através do nevo olfativo, na cavidade nasal, fazendo com que cheguem ao cérebro e criem marcadores que estão, no geral, relacionados com demência. Trata-se de um processo que se torna, extremamente, mais fácil quando colocamos o dedo no nariz, explica o The New York Post.

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O jornal explica que, para este estudo, os investigadores analisaram uma bactéria específica, chamada 'Chlamydia pneumoniae', que está relacionada a infeções respiratórias, incluindo pneumonia, usando o nervo olfativo como "um caminho de invasão para atacar o sistema nervoso central".

Assim, conseguiram descobrir que para responder a este "ataque", as células do cérebro começam a depositar em excesso uma proteína, chamada amiloide, que está comumente relacionada com demência. 

"Somos os primeiros a mostrar que a 'Chlamydia pneumoniae' pode subir diretamente pelo nariz e entrar no cérebro, onde pode desencadear patologias que se parecem com a doença de Alzheimer", disse o professor James St John, coautor do estudo, em comunicado.

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Isto acontece porque o nervo olfativo serve como caminho direto para as bactérias chegarem ao cérebro, contornando a barreira hematoencefálica, explicam os investigadores. O estudo foi realizado em ratos, no entanto, o investigador disse que estas provas são "potencialmente assustadoras para os humanos também". 

Já na próxima fase da investigação, o objetivo será provar que este caminho também existe, e tem o mesmo funcionamento, em humanos, afirma o jornal. "Sabemos é que essas mesmas bactérias estão presentes em humanos, mas não descobrimos como elas chegam lá", afirma James St John.

Além disto, o investigador partilhou alguns conselhos, dizendo que colocar o dedo no nariz, assim como "arrancar os pelos do nariz não é uma boa ideia", ambas as ações podem causar danos no interior do nariz. Ao "danificar o revestimento do nariz, pode aumentar o número de bactérias que podem entrar no seu cérebro", remata. 

Leia Também: Demência. Sinal de alerta subtil pode surgir anos antes do diagnóstico

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