Foi publicado, recentemente, um novo estudo onde se analisou os hábitos de sono dos adolescentes e o seu impacto, a longo prazo, no desenvolvimento cerebral e não só. Assim, os investigadores concluíram que entre os adolescentes que estavam acordados até mais tarde, o risco de problemas comportamentais era maior.
Para o estudo, disponível online, os investigadores recrutaram mais de 200 adolescentes e os seus pais. Todos preencheram questionários sobre os hábitos de sono dos adolescentes, que foram repetidos, várias vezes, ao longo dos próximos sete anos.
Leia Também: Ómega-3 pode ajudar a melhorar capacidade de concentração de adolescentes
Além disto, os adolescentes fizeram um exame ao cérebro, a cada sete anos, para analisar o desenvolvimento cerebral. Assim, este tornou-se o primeiro estudo "a examinar como as mudanças nas preferências de sono podem afetar o crescimento da matéria branca ao longo do tempo", dizem os investigadores, no portal Science Alert.
Graças a estas informações, foi possível entender que os adolescentes que começaram a estar acordados mais horas à noite, no início da adolescência (entre os 12 e 13 anos), estavam mais em risco de ter problemas comportamentais, a longo prazo.
Algo que inclui agressividade, quebra de regras e comportamentos antissociais. No entanto, não estavam mais em risco de problemas emocionais, como ansiedade ou até mau humor.
Além disto, esta investigação também concluiu que entre os adolescentes que começaram a estar acordados até mais tarde o desenvolvimento cerebral é diferente.
Os investigadores dizem que a matéria branca dos seus cérebros não aumentava ao mesmo ritmo quando comparada com a que é relativa a adolescentes com hábitos de sono mais corretos.
Leia Também: Risco de AVC aumenta em jovens que consomem muito álcool