UMinho. Empresa tem solução para deteção precoce de doenças respiratórias
Uma spin-off da Universidade do Minho desenvolveu uma solução que permite a deteção precoce de doenças respiratórias e, dessa forma, "salvar vidas", anunciou, esta quarta-feira, a Agência Nacional de Inovação (ANI).
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Em causa o eRDT IPLEMEXED, projeto que venceu o Born from Knowledge (BFK) Awards, atribuído na terça-feira pela ANI, no âmbito do Altice International Innovation Award.
Em comunicado, a ANI refere que aquele projeto permite fazer em casa e em apenas 20 minutos o diagnóstico de doenças respiratórias, que até aqui demorava entre dois e sete dias e era feito em contexto hospitalar.
Desenvolvida pela IPLEXMED, uma start-up de Braga que conta com parceiros como a Universidade do Minho e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, a solução apresenta uma plataforma de diagnóstico não invasiva, em contexto doméstico, de infeções respiratórias clínicas.
"Existem doenças que não deixam muita margem de manobra para diagnósticos, levando muito tempo a marcar exames. A solução da IPLEXMED é portátil, oferecendo resultados rápidos e práticos. O sistema funciona com um cartucho que recolhe amostras de saliva, por exemplo, inserido no módulo, que por sua vez é ligado ao PC, acedendo à sua base de dados", explica o comunicado.
A solução tem sensores de grafeno que capturam moléculas, dando resultados em 20 minutos.
Pode ser aplicada a qualquer pessoa, reduzindo de dias para minutos a deteção precoce de doenças, salvando dessa forma vidas.
O negócio da IPLEXMED é fornecer os equipamentos a centros de saúde, mas também diretamente aos pacientes.
A tecnologia consegue fazer diferentes análises com apenas uma amostra.
Atualmente, há cerca de mil milhões de pessoas que sofrem de doenças respiratórias crónicas.
Destas, aproximadamente 380 milhões são diagnosticadas com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a terceira causa de morte em todo o mundo.
"Doentes de doenças pulmonares crónicas são altamente vulneráveis a bactérias multirresistentes, a principal causa de exacerbação dos sintomas e de morte", remata o comunicado, para relevar a importância da deteção precoce.
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