Hábitos como o excesso de álcool ou tabaco podem estar relacionados com a genética. A conclusão é de um recente estudo publicado esta quarta-feira, 7 de dezembro, na revista científica Nature. O ambiente e a cultura onde nos inserimos tem uma relação com estes vícios, mas não é a única razão que os explica.
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"Identificamos mais de 1.900 genes associados ao consumo de álcool e tabaco. Um quinto das amostras usadas na análise veio de pacientes não europeus, o que aumenta a relevância destas descobertas para uma população mais diversificada”, explica Dajiang Liu, professor da universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, um dos responsáveis pelo estudo.
A investigação analisou dados genéticos de mais de 3,4 milhões de pessoas. Segundo o estudo, esta é a maior análise genética alguma vez feita em relação ao consumo de tabaco e álcool.
Concluíram que vários genes coincidiam nestes dois vícios. Conseguiram perceber que tipo de pessoas estavam mais predispostas a consumir álcool e tabaco.
"É promissor mostrar que os mesmos genes estão associados a comportamentos viciantes. Dados mais diversificados vão ajudar a desenvolver ferramentas de previsão de fatores de risco que podem ser aplicadas em todas as populações”, continua o professor.
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