Em Portugal, estima-se que uma em cada duas pessoas já tenha sofrido de halitose, termo médico utilizado para definir o mau hálito, um "problema que, por causar constrangimento social e emocional, tem um grande impacto na qualidade de vida, com repercussões profundas nas relações sociais e afetivas da população", aponta Cátia Gonçalves, médica dentista da Clínica Parque da Cidade, em Matosinhos, num comunicado a propósito do Dia dos Namorados.
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"A halitose é o termo médico que se refere a uma situação bastante comum, que é o mau odor que pode ser exalado pela cavidade oral em algum momento da vida", explica. Apesar de poder estar relacionado com algumas condições de saúde, medicação e fatores ambientais/hábitos como o consumo de álcool e tabagismo, "em mais de 80% dos casos este odor desagradável tem origem em bactérias presentes na cavidade oral - que podem ser controladas na sua 'carga' e grau de patogenicidade - capacidade de provocar doenças, tanto nos dentes, como em redor destes e dos implantes dentários, nas gengivas, osso e outros tecidos", explica.
Embora a falta de higiene oral ou da sua realização eficaz possa ser uma das causas da halitose, "o mau hálito permanente, principalmente depois de descartadas causas locais (orais), não deve ser ignorado, pois poderá ser um sinal de doença respiratória, gastroenterológica ou sistémica, podendo ter que ser abordada por mais do que uma área médica, das quais a medicina dentária, por inerência, deverá constituir a primeira fase do diagnóstico e tratamento".
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"Sabendo que as doenças gengivais, periodontais e dentárias têm um impacto direto na saúde geral - existe, por exemplo, uma relação direta entre a periodontite e diabetes, doenças cardiovasculares, nados prematuros de baixo peso e até disfunção eréctil - eis que existem razões mais do que válidas para promover, manter ou readquirir um sorriso saudável", diz.
Eliminada a halitose, é necessária a manutenção de uma correta higiene oral para o sucesso do tratamento: lavar de forma correta a boca e dentes - desde os primeiros meses de vida - duas vezes por dia (no mínimo), durante dois minutos (no mínimo), finalizando com fio ou fita dentária.
"As visitas regulares ao médico-dentista são um fator determinante na promoção da saúde e prevenção de doenças orais, de forma a evitar tratamentos mais invasivos e dispendiosos", reforça Cátia Gonçalves. Além disso, são fundamentais não só para cuidados regulares, bem como na prevenção de problemas de saúde mais graves.
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