No dia 10 de março assinalamos o Dia Mundial do Rim para sensibilizar toda a população para a doença silenciosa que atinge dois milhões de portugueses. A maioria de nós nasce com dois rins localizados na parte de trás e lateral do abdómen que, na idade adulta, têm cerca de 12 centímetros forma de feijão e pesam cerca de 150 gramas cada.
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As suas principais funções são filtrar o sangue da circulação e eliminar as toxinas com a produção de urina, manter o equilíbrio da água e iões do corpo e produzir várias hormonas essenciais para o nosso organismo, nomeadamente a eritropoietina para a produção de sangue, a ativação da vitamina D para o metabolismo dos ossos e ainda a renina e angiotensina para o controle da pressão arterial.
© Luís Duarte Costa
A principal causa de doença renal crónica (DRC) são as lesões dos vasos dos rins que, como nos outros órgãos, estão sobretudo associadas aos fatores de risco, especialmente a hipertensão arterial e a diabetes mellitus. Apesar do melhor controle dessas doenças, a International Society of Nephrology estima que, em 2040, a DRC seja a quinta principal causa de anos de vida perdidos em todo o mundo. O peso desta doença, para o doente e para o sistema de saúde, é elevado mas pode ser minimizado com uma melhor gestão na avaliação global dos doentes e com implementação de estratégias de deteção precoce.
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Assim, para além do bom controle da hipertensão e diabetes, relembre-se das outras causas de doença renal como o abuso e toxicidade dos medicamentos anti-inflamatórios, das infeções renais recorrentes, da doença hereditária renal poliquística e, no caso dos homens, da obstrução provocada pelas doenças prostáticas. Oiça o coração, pense no seu cérebro, mas não se esqueça dos seus rins!
*Artigo de opinião assinado por Luís Duarte Costa, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
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