Sozinho, o fígado executa mais de 500 processos diferentes no corpo. Quando algo não está bem neste órgão, o corpo dá sinais, por mais subtis que sejam. Contudo, há uma doença 'silenciosa' e de progressão lenta, conhecida como esteatose hepática (ou fígado gordo), que habitualmente se manifesta quando já é tarde demais e que pode progredir para cirrose e cancro, levando mesmo à necessidade de transplante na idade adulta.
"Acredito que 70% das pessoas com gordura no fígado não saiba que está doente", diz o médico Marcos Pontes, em declarações ao jornal Metrópoles, referindo que um dos principais desafios desta doença é o diagnóstico tardio. E alerta: "Ficar muito tempo com a inflamação pode causar cicatrizes no órgão, levando a problemas de saúde mais sérios".
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A evolução da doença provoca sintomas como dores abdominais, principalmente na parte superior direita do abdómen, cansaço e fraqueza, perda de apetite, aumento do fígado e inchaço na barriga. Causa também dor de cabeça constante e os doentes podem apresentar dificuldades em perder peso.
Em casos mais graves, o fígado gordo pode até progredir para cirrose hepática, uma doença que conduz à destruição do fígado, sendo que este carcinoma apresenta elevada mortalidade se for diagnosticado demasiado tarde.
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