Foi há 65 anos que surgiu a primeira investigação sobre a relação entre luz (seja solar ou de flashes) e o espirro. As conclusões de então não foram muito satisfatórias e deram azo a novas e mais aprofundadas análises.
As mais recentes, desde 2010, explicam que o espirro fólico – aquele que é provocado/causado por luzes – está relacionado a um gene e que se manifesta em todas as pessoas (independentemente do sexo) que herdaram tal gene dos pais.
Há cinco anos, e depois de terem sido analisadas quase dez mil pessoas, a equipa liderada por Nicholas Eriksson identificou dois polimorfismos de um nucleótido único associados com o espirro provocado pela luz, lê-se na BBC que explica que um desses polimorfismos está junto a um gene que interfere com a existência ou não de convulsões epiléticas estimuladas pela luz.
As conclusões do grupo de Eriksson são as mais concretas até hoje, embora não se saiba ainda qual a razão concreta para que a luz desencadeie episódios de espirros compulsivos em pessoas.
Embora a relação entre a luz e os espirros não apresente perigo para a saúde – embora possa estar associada à epilepsia – os cientistas indicam que esta condição pode trazer alguns problemas diários, como ter uma crise de espirros durante a condução apenas porque o sol está de frente para o condutor.
De acordo com a publicação, o espirro fótico afeta entre 10% a 35% da população mundial.