Pokémon Go: Ortopedista alerta para risco de lesões

A febre da ‘caça ao pokémon’ chegou a Portugal na sexta-feira passada mas já parece ter conquista inúmeros adeptos.

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Vânia Marinho
21/07/2016 12:43 ‧ 21/07/2016 por Vânia Marinho

Lifestyle

Spine Matters

Se ontem lhe revelamos a opinião de um professor assistente clínico sobre os benefícios que jogar Pokémon Go pode trazer para a saúde - por pôr as pessoas a caminhar, conhecer novos locais e pessoas – hoje revelamos-lhe o alerta de um ortopedista para as lesões que este jogo pode provocar.

Como era de esperar, até o jogo tem os seus senãos para a saúde. Apesar das dezenas de quilómetros feitos em caminhadas e convívio, o número de horas que o pescoço passa curvado enquanto os jogadores – ou ‘treinadores’ de pokémon – olham para o seu smartphone também disparou.

Para Luís Teixeira, mentor e presidente da associação Spine Matters “É positivo que um jogo esteja a colocar, em massa, as pessoas de volta o movimento ao ar livre. Mas é preciso fazê-lo de forma muito mais consciente do meio envolvente: entorses, ossos partidos ou outro tipo de lesões mais graves também fazem parte deste horizonte”, começa por explicar.

Para além do elevado risco de acidente, explicado pela concentração quase exclusiva num ecrã, remetendo para segundo plano o mundo real, já há muito que são conhecidos os perigos do “pescoço de SMS”, expressão que em breve poderá ser atualizada para “pescoço de Pokémon Go”, como destaca a associação em comunicado enviado às redações.

“Os estudos realizados na área revelaram que a força exercida no pescoço de um adulto a olhar para o telemóvel pode variar entre os 12 e os 27 quilos, e sofrer uma inclinação entre 15 a 45 graus. Estamos a falar de uma pressão extrema para esta zona, que pode levar a um desgaste precoce e degeneração” que pode exigir a execução de cirurgias.

“Se a tendência já existia ao longo do dia, na consulta regular de e-mails e redes sociais, ou envio de SMS, o tempo despendido em torno do jogo fenómeno só veio aumentar os riscos associados a esta exposição”, continua o especialista.

Para poder aproveitar melhor os benefícios de jogar Pokémon Go, minimizando os seus riscos, a Associação Spine Matters recomenda que “a caça ao pokémon seja realizada pelo menos a pares, estando sempre um dos elementos encarregue de lembrar o outro de fazerem pequenas paragens ao longo da busca”, para promover um descanso de alguns minutos numa posição correta e de pescoço erguido, que também podem ser aproveitados para realização de alguns exercícios posturais simples.

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