A droga, chamada LMTX, foi testada num grande ensaio clínico que já se encontra na fase final, no qual potenciais terapias com a substância estão a ser colocadas contra um placebo 891 pessoas com sintomas leves a moderados da doença.
Esta substância foi apresentada esta semana na conferência internacional da Alzheimer Association, em Toronto.
Embora já existam algumas drogas para a doença de Alzheimer, têm apenas um pequeno efeito. “Os nossos resultados são sem precedentes, em comparação com quaisquer outros", disse Claude Wischik, da Universidade de Aberdeen, Reino Unido, e co-fundador da empresa farmacêutica TauRx Pharmaceuticals, que desenvolveu LMTX.
Das 891 pessoas envolvidas no estudo, 15% tomaram apenas LMTX, enquanto as restantes tomaram a substância em conjunto com outros tratamentos que já faziam, ou receberam um placebo.
Ao fim dos 15 meses do estudo, os testes de capacidade mental revelaram que as pessoas que tomaram exclusivamente LMTX tiveram uma redução significativa da progressão da doença com retardamento do declínio cognitivo.
“No geral, [a droga] retarda a progressão em cerca de 80%", disse Wischik, segundo cita o site New Scientist.
As ressonâncias magnéticas revelaram que a atrofia cerebral diminuiu entre 33 e 38% em pacientes que foram tratados exclusivamente com LMTX, em comparação com os que tomaram o placebo.
Porém, quando tomada em combinação com outras drogas, a LMTX não mostrou qualquer efeito, o que levou muitos a olhar com alguma reserva para os dados. Ainda assim há quem explique que o facto de esta substância não funcionar em coterapia se possa dever ao facto de as outras drogas ajudarem a limpar as material tóxico do cérebro, podendo acabar por 'varrer' a LMTX também.