E se a dieta vegan não for assim tão amiga do ambiente?

A questão é lançada por um estudo que reuniu várias universidades norte-americanas.

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Daniela Costa Teixeira
12/08/2016 12:40 ‧ 12/08/2016 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Estudo

Pelos animais, pelo ambiente e pela humanidade. Este é um dos lemas das pessoas que seguem um estilo de vida vegan e que acreditam que a exclusão de alimentos e produtos de origem animal é a forma mais eficaz de melhorar a saúde das pessoas e também do planeta. Mas pode não ser bem assim.

A dúvida é lançada por um grande estudo norte-americano que analisou e comparou alguns tipos de dieta diferentes e concluiu que comer menos animais (e, por isso, produzir menos animais) não é a melhor forma de maximizar o uso sustentável da terra.

Para o estudo, diz o site Quartz, os investigadores analisaram a dieta vegan, os dois tipos de dieta vegetariana (a lacto-vegetariana e a ovo-lacto-vegetariana), quatro dietas omnívoras, uma dieta com baixo teor de gordura e açúcar e uma dieta semelhante àquela que atualmente é mais comum nos Estados Unidos e que inclui uma grande quantidade de produtos industrializados.

Embora deixem claro que o objetivo não é incentivar o consumo exclusivo de carne nem tão pouco aumentar a produção de animais para esse fim, os investigadores salientam que a dieta vegan iria, na verdade, alimentar menos pessoas do que os dois tipo de dieta vegetariana, uma vez que possuem mais opções alimentares ao incluir ovos e lacticínios. Além disso, os alimentos da dieta vegan não são cultivados em solo permanente, o que impede logo, à partida, a produção contínua e abundante e, por isso, este tipo de alimentação é também menos sustentável quando comparada com as omnívoras, acabando também por alimentar menos pessoas.

Contudo, o estudo publicado na Elementa salienta ainda a inclusão de peru em mais produtos alimentares industrializados não seja uma opção sustentável a longo prazo, o que pode ter consequências nocivas para o planeta.

Este estudo vem, porém, contradizer uma investigação realizada este ano pela Universidade de Oxford e que indica que a alimentação que exclui a ingestão de carne melhora a qualidade de vida de tal forma que pode mesmo reduzir a taxa de mortalidade entre 6% a 10% até 2050. Ao todo, seriam salvas mais de 8,1 milhões de vidas. 

Além disso, como pode ler aqui, o estudo garante que a dieta de origem vegetal é ainda uma forma de preservar e cuidar da vida animal e do meio ambiente, estimando o estudo que este tipo de alimentação seja capaz de reduzir a emissão de gases de efeito de estuda entre 29% a 70% também até 2050.

 

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