Na hora de combater a fome ou aquele ‘ratito’ que ataca pouco depois das refeições, nada melhor do que apostar nas proteínas vegetais.

Diz um estudo da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, que as proteínas de origem vegetal – como os feijões, o grão-de-bico, as lentilhas, a quinoa, etc. - exercem um maior poder de saciedade do que as proteínas de origem animal, como a carne.

Publicada na Food and Nutrition Research, a investigação contou com a participação de 43 jovens dinamarqueses do sexo masculino que, ao longo de duas semanas, experimentaram três tipo diferentes de pequenos-almoços. Um dos pequenos-almoços testados incluía um alimento de origem animal com alto teor proteico e puré de batata, o segundo tinha um alimento de origem vegetal com alto teor proteico e puré de ervilhas e o terceiro pequeno-almoço tinha uma um alimento de origem vegetal com baixo teor proteico acompanhado por uma combinação de puré de batata e puré de ervilhas. O objetivo era perceber o impacto do tipo de proteína nos níveis de saciedade e se o acompanhamento interferia ou não com a sensação de fome após terminar uma refeição.

Depois de todos os participantes terem testado estes diferentes pequenos-almoços, os investigadores detetaram que os níveis de saciedade eram maiores e os de fome menores quando eram ingeridas alimentos de origem vegetal com alto valor proteico. Além disso, lê-se no site LiveScience, até aqueles que comeram um alimento vegetal com baixo teor de proteína se sentiram mais saciados do que aqueles que tiveram que comer carne.

Mas falemos em números. Ingerir um alimento de origem vegetal com alto teor de proteínas ao pequeno-almoço fez com que os participantes ingerissem menos 12% a 13% de calorias ao almoço, o equivalente a menos 95 a 105 calorias.

Para os investigadores dinamarqueses, o segredo está na fibra, uma vez que o prato de carne com puré de batata oferecia maioritariamente proteína e hidratos de carbono, enquanto os pratos de proteínas de origem vegetal com puré de batata e/ou puré de cenoura ofereciam proteína, hidratos de carbono e ainda uma grande quantidade de fibra, cerca de 25 gramas por cada 100.

Comer proteína sem comer animais é mais fácil do que se pensa e, em Portugal, substituir a carne por produtos de origem vegetal é já uma opção para 45% da população, contudo, antes de abraçar um novo tipo de alimentação, é importante conhecer os alimentos que passarão a ser protagonistas, como é o caso das leguminosas.

E já agora, sabe se ingere a quantidade de proteína que realmente necessita? Conheça os sinais a que deve prestar atenção.