Um recente estudo da Brigham Young University, publicado na revista científica European Journal of Applied Physiology, vem deitar por terra a ideia de que a corrida danifica os joelhos. Mas não só. Além de defender que correr não faz mal aos joelhos, a investigação sugere que a prática de running pode, na verdade, ser benéfica para esta parte do corpo.
De acordo com este novo estudo, citado pelo The New York Times, o hábito de correr muda o ambiente bioquímico do interior do joelho, o que faz com que ‘trabalhe’ normalmente. Por outras palavras, correr reduz reduz a inflamação e diminui os níveis de um marcador de artrite. Além disso, outros estudos têm apontado para o facto de os corredores serem menos propensos a ter osteoartrites do que aqueles que não correm.
Para o estudo, os investigadores recorreram a 15 corredores masculinos e femininos com menos de 30 anos e sem qualquer histórico de problemas nos joelhos ou nas articulações. Todos os participantes fizeram uma recolha de sangue e ainda uma recolha de líquido sinovial, ambos nos membros do lado direito. Os investigadores também mediram a concentração de citocinas dos participantes.
Depois, metade dos voluntários foram convidados a ficar 30 minutos sentados, enquanto os restantes foram desafiados a correr ao ritmo que melhor entendessem. Num outro dia, aqueles que ficaram sentados foram convidados a correr e os que correram tiveram que aguardar meia hora sentados, invertendo-se os papéis da primeira parte do estudo.
Assim que todos os dados foram cruzados, os investigadores foram capazes de concluir que quase todos os participantes apresentaram menores níveis dos dois tipos de células que contribuem ara a inflamação no líquido sinovial. Os níveis de proteína de matriz oligomérica da cartilagem também melhoraram, tendo-se verificado depois da corrida uma maior quantidade no sangue e uma menor no líquido sinovial, fluído que se encontra no interior do joelho e que tem uma função lubrificante.
Embora os resultados se mostrem positivos e constantes, é importante salientar que o estudo foi apenas realizado em pessoas com os joelhos saudáveis, podendo não se verificar os mesmos resultados em corredores com problemas nos joelhos, sejam atuais ou já tratados.