Sete coisas que precisa de saber sobre a intolerância alimentar
Apesar de não ser um problema perigoso – ao contrário das alergias – a intolerância alimentar afeta muitas pessoas e pode trazer muitos incómodos.
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A intolerância alimentar consiste na dificuldade em digerir determinadas substâncias presentes nos alimentos. Não é o mesmo que alergia, pois é muito mais leve e não traz risco de morte.
Ainda assim pode trazer muito desconforto e é um problema muito comum. Como geralmente há muitas dúvidas sobre este tema o site M de Mulher falou com a Dra. Maria Julia Carvalho, especialista que revela algumas coisas a saber sobre a intolerância alimentar:
1. Sintomas mais comuns de intolerância alimentar: Diarreia e/ou prisão de ventre, dor e distensão abdominal, cólicas, ruídos intestinais aumentados, flatulência, náuseas e/ou vómitos. Que não são imediatos e podem aparecer até 72 horas após a ingestão do alimento.
2. Alimentos que geram mais intolerância: A intolerância à lactose é a mais comum. Mas, mariscos e peixes, morango, chá, café, chocolate, glutamato monossódico, tomate, espinafre, ovos, especiarias, pimenta, banana, e outros também podem originar sintomas de intolerância. Corantes, aromatizantes, conservantes intensificadores de sabor também podem provocar sintomas de intolerância alimentar.
3. Intolerância vs Alergia alimentar: A especialista explica que a principal diferença é o tipo de resposta que o organismo tem quando entra em contacto com o alimento. Na alergia há uma resposta imunológica, o organismo cria anticorpos, como se o alimento fosse um agente agressor. Já na intolerância, há uma dificuldade na digestão de determinado alimento, levando a sintomas principalmente gastro-intestinais. A intolerância pode afetar qualquer pessoa, sendo mais comum em crianças maiores e jovens adultos, as alergias alimentares são mais comuns na infância e têm um caráter genético, podendo surgir em vários membros da mesma família.
4. É possível deixar de sofrer de intolerância alimentar com o passar do tempo? A Dra. Maria Julia Carvalho conta que apear de alguns casos poderem ser transitórios, geralmente não há ‘cura’, já que o problema é referente à falta de uma enzima que a pessoa em questão não produz.
5. Ferramentas que o podem ajudar a perceber se é intolerante: Se desconfia que é intolerante a algo, analise se existem comidas específicas que espoletam os sintomas. Manter um diário alimentar pode ser bastante útil, pois com as anotações, será fácil identificar os alimentos em comum nos dias em que a indisposição surge. Outra técnica eficaz é, aos poucos, excluir os alimentos suspeitos da dieta até se livrar do mal-estar. Depois, reintroduza-os, um a um, para saber qual deles desencadeia os sintomas. Infelizmente, destaca a especialista, ainda não há um teste científico com eficácia 100% comprovada que aponte as intolerâncias, mas há alguns exames que podem ajudar.
6. O médico a procurar: Gastroenterologista ou um médico de clínica-geral, dependendo do caso. Se suspeitar de alergia, recomenda-se o acompanhamento de um alergologista.
7. Tratamento: Ao contrário da alergia alimentar, em que é essencial banir totalmente o alimento que causa a alergia, em quase todas as intolerâncias é possível mantê-lo no menu em pequenas porções. Para isso é preciso ir usando o método tentativa erro até descobrir o limiar de aceitação do organismo e evitar ultrapassá-lo. À exceção da intolerância ao glúten, em que a restrição total é obrigatória, e nos casos de deficiência congénita da lactose, em que é preciso banir o leite e derivados da dieta.
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