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Aneurisma vs Acidente Vascular Cerebral: Quais as diferenças?

Recorrentes e assintomáticos, o Acidente Vascular Encefálico (AVE), o Aneurisma Cerebral merecem atenção redobrada.

Aneurisma vs Acidente Vascular Cerebral: Quais as diferenças?
Notícias ao Minuto

11:03 - 11/03/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Carreira

Aneurisma, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Ataque Insquémico Transitório (conhecido como mini-Avc) põem a vida em risco, mas o que é que os distingue?

O neurocirurgião Luiz Daniel Cetl, especialista em tumores cerebrais do Departamento de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), sublinha que estes eventos merecem atenção redobrada.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é um termo consagrado e bem conhecido. Do ponto de vista médico, o termo mais adequado é Acidente Vascular Encefálico (AVE), por se tratar de uma disfunção neurológica resultante da interrupção do abastecimento de sangue no encéfalo, formado por vários órgãos que compõe a caixa craniana: cérebro, cerebelo, bulbo raquidiano, tronco cerebral, telencéfalo, mesencéfalo, diencéfalo, ponte, terceiro e quarto ventrículos, aqueduto cerebral.

Do ponto de vista clínico, os AVEs podem ser isquémicos (por falta de sangue em alguma região do encéfalo) ou hemorrágicos (derrame em algum ponto do encéfalo). No primeiro ocorre uma quebra do abastecimento de sangue causado por uma isquemia (entupimento), ou ruptura das artérias que irrigam esse conjunto de órgãos (hemorrágicos).

“Todo o sistema nervoso está interligado, e uma lesão numa mínima parte do encéfalo pode ter grandes repercussões no todo e as suas implicações e a localização da lesão podem ser difíceis de diagnosticar”, explica o neurocirurgião.

Os AVEs isquémicos podem ser divididos em aterotrombóticos e cardio-embólicos, dependendo da sua origem.

Os aterotrombóticos devem-se ao depósito de placas de colesterol na parede dos vasos sanguíneos. Os AVEs cardio-embólicos são provocados por problemas cardíacos que alterem o fluxo de sangue, causando um turbilhão ainda dentro do coração. Podem dever-se a uma endocardite, (infeção do endocárdio, a camada interna do coração), e arritmias cardíacas. 

Os AVEs hemorrágicos, por sua vez, ocorrem quando alguns vasos sanguíneos cerebrais acabam se rompem, em geral devido a picos de pressão arterial. O sangue inunda o encéfalo e destrói a região afetada.

Em ambos os casos, as doenças mais associadas ao aparecimento dos AVEs são a hipertensão arterial, a diabetes melitus, a hipercolesterolemia, principalmente nos pacientes que não têm um controlo adequado destas condições. 

Aneurisma Cerebral é provocado por uma falha da parede do vaso (artéria).

A falha na parede arterial pode estar presente desde o nascimento (congénito) ou desenvolver-se mais tarde, quando um vaso sanguíneo sofre uma lesão. Quando é congénito, pode demorar décadas a desenvolver-se. 

Antes do derrame, os aneurismas são completamente silenciosos e não há como prevenir o seu aparecimento. “É uma doença perigosa, silenciosa. O mais dramático é o aneurisma rebentado, que após a hemorragia apresenta uma evolução grave, de alto risco”, diz o médico Luiz Cetl.

Ataques Isquémicos Transitórios

Os Ataques Isquêmicos Transitórios (AITs ou mini-AVCs) são provocados pelos mesmos fatores dos AVEs isquémicos, porém a oclusão dos vasos é temporária e os sintomas desaparecem completamente, sem deixar alteração nem mesmo nos exames de imagem posteriores.

A literatura médica aponta que os sintomas podem desaparecer em cerca de uma hora ou em até 24 horas. O mais importante é que desapareçam completamente.

Como as causas são as mesmas dos AVEs isquémicos, há quem os considere um ‘aviso’ de um evento maior, mas na realidade não é assim. Na verdade os Ataques Isquêmicos Transitórios são o mesmo que os AVEs isquémicos, apenas por questões de tamanho do trombo e da artéria comprometida e da atividade trombolítica do organismo, esse vaso acaba por ser libertado e o fluxo de sangue é restabelecido a tempo de não haver sequelas definitivas.

Exames

Para o especialista da UNIFESP, em todos os casos o exame de rotina é imprescindível, principalmente a partir dos 40 anos. A atenção deve ser redobrada por pacientes com predisposição hereditária, hipertensão arterial sistémica, diabetes melitus e hipercolesterolemia.

Quando o aneurisma é encontrado em exames de forma 'acidental', através de uma tomografia de crânio para identificação de qualquer outra suspeita de doença, por exemplo, precisa de ser investigado com exames complementares para uma melhor avaliação e indicação do tratamento.

A prevenção de toda e qualquer doença começa com uma melhor qualidade de vida, com menos stress, prática frequente de exercício físico (independente da intensidade) e a realização de exames de rotina com um especialista. 

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