Quatro aspetos a ter em conta na hora de analisar o rótulo de um alimento
Avaliar corretamente o rótulo de um alimento pode ser um desafio tremendo, mas existem formas simples de o conseguir.
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A vida era muito mais simples e saudável se nas latas de feijão estivessem apenas feijões, se nos pacotes de bolachas estivesse apenas o resultado da mistura de farinha, açúcar e ovos, se os hambúrgueres já confecionados e congelados fossem feitos apenas com carne. Mas não.
À exceção dos alimentos vendidos no seu estado natural – como é o caso das frutas, dos legumes e dos vegetais – todos os outros são o resultado de misturas e adições, muitas delas com componentes que fazem mal à saúde. Analisar o rotulo de todos os alimentos é a forma mais eficaz de se conseguir uma dieta o mais natural e saudável possível, contudo, essa é ainda uma realidade longe de ser alcançada, uma vez que mais de metade do que comemos todos os dias não é comida 'real', mas sim processada.
Além de ser importante ter em conta alguns nomes e códigos, é preciso ter a consciência de que alguns rótulos disfarçam a presença de ingredientes menos amigos da saúde, muitos deles associados ao açúcar e às gorduras. E é por isso mesmo que os nutricionistas prestam uma especial atenção a quatro diferentes aspetos quando analisam um rótulo.
Conta o site da revista Prevention que o açúcar é uma das preocupações mais comuns e um dos ingredientes que mais aparece disfarçados nos mais variados nomes e códigos. Este ‘doce veneno’ é um verdadeiro atentado para a saúde e a sua presença nos alimentos processados é cada vez maior. Mas, como é que conseguimos detetar açúcar num alimento cuja embalagem diz, por exemplo, ‘sem açúcares adicionados’? É simples, basta procurar por nomes como xarope de milho, açúcar invertido, frutose, xarope de frutose, etc. Estes ingredientes não só aumentam a doçura do alimento, como estimulam a sua maior validade e promovem uma textura agradável.
Um alimento com gorduras trans é sempre de evitar, uma vez que o consumo deste tipo de gordura está associado a sérios problemas de saúde e pode mesmo ser fatal. Diz a publicação que estas gorduras – presentes em quase todos os alimentos processados que são ingeridos diariamente - alteram perigosamente os níveis de colesterol, deixando a pessoa mais propensa a problemas cardiovasculares e ainda à diabetes tipo 2. Para quem um alimento processado seja saudável quanto a gorduras, a percentagem ou os gramas de gorduras trans deve ser sempre inferior a zero.
Ainda no leque de gorduras, as gorduras saturadas são outro veneno para a saúde. Um rótulo que indique ‘Gorduras, dois quais saturadas’ indica que o alimento é perigoso para a saúde, pois estas gorduras são as que mais facilmente se alojam no organismo e em torno dos órgãos.
Por fim, mas não menos importante, está o sódio. Como lhe contámos esta semana, uma boa parte dos alimentos ingeridos no quotidiano possuem sódio escondido e fazem aumentar consideravelmente os níveis de sal consumidos diariamente, algo que deixa a saúde à mercê de uma série de doenças e problemas de saúde. Procurar os alimentos com menores níveis de sal por cada 100 gramas é meio caminho andado para evitar males maiores, contudo, é sempre importante ter em conta que raramente uma pessoa consome apenas a dose que é recomendada na embalagem (basta pensar no caso dos cereais de pequeno-almoço: 30 gramas equivalem a três ou quatro colheres de sopa, que é muito menos do que as pessoas tendem a consumir em cada refeição que fazem de cereais).
Se todos estes nomes o deixam confuso, faça um exercício mais simples: olhe para a validade do alimento. Quando maior (e falamos em meses ou anos), maior é a probabilidade do alimento conter adoçantes, conservantes e corantes que permitem que dure mais tempo sem se estragar.
Aproveite e aprenda a decifrar corretamente os alimentos processados, afinal, nem todos são maus e descubra as diferenças entre a comida processada e a comida verdadeira.
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