Os animais têm sempre amor para oferecer, diversão para contagiar, atenção para pedir e companhia para dar e vender. Além disso, fazem bem à mente, especialmente à mente das crianças com algum tipo de distúrbio cognitivo.
A ideia é defendida por Alan Beck, diretor de um dos centros de estudos para humanos e animais da Universidade de Purdue, que garante que as terapias que recorrem a animais podem ser as mais eficazes em hospitais, em particular nos pediátricos, uma vez que os patudos têm o dom de conseguir baixar os níveis de ansiedade, stress e solidão das crianças e adultos, lê-se na Time.
Contudo, esta não é, porém, a primeira vez que a ciência dá conta do sucesso das terapias com recurso a animais. Como noticiamos aqui, alguns médicos e terapeutas chegam mesmo a ‘receitar’ a presença do animal durante a viagem com o único intuito de acalmar a pessoa. Embora não seja uma prática que agrade a todos os passageiros, está a torna-se numa situação bastante recorrente nos Estados Unidos.
Este ano, a Associação Ladra Comigo, apoiada pela Junta de Freguesia de Paranhos, iniciou um projeto-piloto de terapia assistida com animais na unidade de multideficiência do Agrupamento de Escolas Pêro Vaz de Caminha, no Porto. As sessões decorrem vez por semana, durante 45 minutos, com a "participação de um cão em cada uma", disse a membro da associação de um "projeto que irá decorrer até ao final do ano letivo".
De acordo com a Time, um estudo já mostrou que ter coelhos ou tartarugas em casa ajuda a reduzir os níveis de stress e ansiedade. No que diz respeito aos cavalos, estar perto destes animais tem um impacto altamente positivo na hora de reduzir as consequências do stress pós-traumático.
Embora os resultados dos estudos e das terapias se mostrem sempre positivos e até claros, é preciso aprofundar ainda mais o tema, pois carece-se ainda de informação sobre o porquê destes tipos de tratamento serem tão eficazes.