Para que o organismo funcione corretamente e o sistema imunitário seja capaz de fazer frente a todo o tipo de agentes agressores é preciso que o corpo humano tenha alguma gordura e sobre este facto não restam dúvidas.
Contudo, quando a gordura se encontra em excesso os riscos são mais do que muitos e existe um tipo de gordura que pode ser verdadeiramente penoso para a saúde. Falamos da gordura visceral, bem mais penosa para a saúde do que a gordura subcutânea, aquela que se encontra debaixo da pele e que pode ser apalpada (sim, o pneuzinho ou a prega que tanto chateiam e teimam em não desaparecer).
Como explica o site da revista Health, a gordura visceral encontra-se no interior da barriga, mais concretamente à volta dos órgãos e debaixo dos músculos do abdominal, não sendo, por isso, palpável. Mas, porque é que este tipo de gordura é diferente e pior? Porque estimula a criação e libertação de citocina, uma proteína que interfere com a função de várias células e que, por exemplo, afeta a produção de insulina. Mas não só.
A gordura visceral, aquela que faz com que a barriga cresça consideravelmente em casos de excesso de peso, é ainda uma das principais desencadeadoras de processos inflamatórios no corpo, deixando-o sempre em estado de stress e à mercê das respostas inesperadas do sistema imunitário.
Mas se pensa que somente as pessoas com um grande perímetro abdominal correm riscos, engana-se. Os falsos magros são também vulneráveis a este tipo de gordura e a todas as consequências que porta… sendo o fígado o elo mais fraco. Diz a revista que a gordura visceral interfere em grande escala com a saúde do fígado, uma vez que impede que as suas células tenham ‘consciência’ dos níveis de insulina presentes, o que pode causar um aumento da pressão sanguínea e ainda desencadear o aparecimento de diabetes tipo 2.
Uma vez que se trata de uma gordura e que tem implicações claras no sangue, a existência de gordura visceral a mais pode ainda causar um aumento dos níveis de colesterol, deixando a saúde cardiovascular mais suscetível a possíveis doenças.
A melhor forma de prevenir ou combater a gordura visceral – que tende a aumentar com o avançar da idade – é através de um estilo de vida saudável, pautado pela alimentação variada e equilibrada (e sem produtos industrializados ou ricos em açúcar e gorduras trans) e pela prática de exercício físico.