Diz-me quanto sal comes por dia e dir-te-ei como será a tua saúde hoje, amanhã e no futuro. Não se trata de uma questão de futurologia, mas sim de um alerta médico que se vem repetindo nas últimas décadas e que parece ainda não os efeitos práticos desejados.
O consumo elevado de sal - e não falamos apenas do sal em si, mas também de alimentos altamente processados e que escondem grandes quantidades de sódio - é um dos principais desencadeadores de doenças relacionadas com o estilo de vida e Portugal não é exceção.
"O consumo excessivo de sal pela população é um dos maiores riscos de saúde pública em Portugal. O sal, quando consumido em excesso, pode aumentar o risco de aparecimento e/ou progressão de diversas doenças, como cancro, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares", diz a Direção-Geral da Saúde (DGS) numa nota publicada no seu site e onde alerta para os perigos do consumo elevado deste alimento.
Tal como destaca a DGS, a recomendação geral recai no consumo máximo de cinco gramas de sal de cozinha por dia, um valor que os portugueses ultrapassam largamente... o dobro, para sermos mais precisos.
Reduzir é a palavra de ordem e é isso mesmo que a DGS ensina. Eis os passos a seguir:
1 - Substituir, gradualmente, uma boa parte do sal por ervas aromáticas e especiarias;
2 - Usar menos de uma colher de chá de sal por cada cinco pessoas na hora de temperar uma sopa;
3 - Não colocar o saleiro em cima da mesa;
4 - Consumir com regularidade cereais, frutas, leguminosas e alimentos hortícolas;
5 - Dar preferência a lacticínios magros e a carnes de aves.