Louis Vuitton, Christian Dior e Gucci dizem não à magreza
A indústria da moda dá mais um passo na luta por um setor mais real e saudável.
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Lifestyle Paserelle
Passados anos e anos a seguir padrões enraizados e ideias de beleza quase incontestáveis, eis que a indústria da moda se adapta aos tempos modernos e, aos poucos, começa a construir um futuro que se avizinha próximo.
Mantendo toda a sua extravagância natural, o mundo da moda olha agora para o ambiente e para a saúde. Além de se verificar uma forte aposta no uso de materiais reciclados, vegetais e orgânicos (com destaque para a Giorgio Armani, que baniu por completo o uso de pele animal nas suas criações), as grandes marcas estão também dispostas a quebrar alguns ideias relacionados com a saúde de quem trabalha neste ramo.
Depois de França ter proibido as modelos demasiado magras nos desfiles de moda e em campanhas publicitárias, exigindo um atestado que comprove o seu bom estado de saúde, agora são os grupos LVMH e Kering - que detêm grandes nomes como Louis Vuitton, Christian Dior e Gucci - a banir a magreza, recusando modelos que vistam o tamanho zero (32 para mulheres e 42 para homens). Os modelos com menos de 16 anos também deixarão de representar as marcas.
A magreza dos modelos tem sido um assunto desde sempre discutido, mas que, nos dias de hoje, ganha contornos cada vez maiores, não fossem as redes sociais impulsionar a voz de muitos anónimos e conhecidos que lutam há vários anos por uma indústria mais consciente. Beth Cown foi um dos nomes que mais causou impacto nesta batalha. A jovem, à data da sua revelação com 19 anos, era um dos exemplos de como o mundo da moda pode ser perigoso: corria uma hora por dia e comia apenas uma maçã... e tudo por um corpo 'perfeito'.
Esse ideal de perfeição no mundo da moda sempre foi criticado e, a título de exemplo, em 2015, a Autoridade para Padrões Publicitários do Reino Unido (ASA na sigla inglesa) baniu, uma publicidade da Yves Saint Laurent, presente numa edição da revista Elle, devido à magreza visível da modelo. No ano seguinte, e também no Reino Unido, foi a vez da Gucci levar uma 'nega' devido à magreza da modelo que protagonizava a campanha.
Mas há mais para mudar para além do aspeto físico. A forma como a moda é feita e pensada vai ser também passada a pente fino e a própria Kergin deu já um passo nesse sentido. Diz o Finantial Times, que a também detentora da Balenciaga e da Yves Saint Laurent despediu dois diretores de casting depois de terem, alegadamente, deixado 150 manequins sozinhas e às escuras durante horas enquanto almoçavam.
As marcas dos grupos LVMH e Kering comprometem-se a trabalhar apenas com modelos que tenham um atestado de saúde que comprove o bom estado em que se encontram.
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