Jejum intermitente tem como objetivo dar saúde... e não emagrecer

Aderir ao jejum é uma prática milenar e as suas motivações passam pela purificação espiritual, emagrecimento e a autodisciplina.

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Notícias Ao Minuto
16/10/2017 19:10 ‧ 16/10/2017 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle

Dieta

A crescente popularidade do jejum intermitente tem levantado muitas dúvidas sobre os seus reais efeitos no organismo.

"Jejuar é uma prática milenar e as suas motivações passam pela purificação espiritual, pelo emagrecimento e pela autodisciplina. Com o aumento de reportagens acerca do tema e do número de celebridades que aprovaram a dieta, houve um retorno dessa prática. Apesar de parecer moda, esta dieta é bem mais séria do que se imagina. O novo jejum intermitente é um tipo de jejum programado que surge com o intuito de melhorar a saúde e não a estética. Pode ser definido pela privação parcial ou total de alimentos em intervalos", afirma a nutricionista clínica especializada em metabolismo humano pelo Hospital das Clínicas (Brasil), Flaviane Calônego.

A especialista explica ainda que a vantagem é fazer com que a pessoa encare melhor a reeducação alimentar.. "Segundo investigadores americanos do National Institute of Health e da University of Southern Califórnia, esse jejum promove ainda uma maior longevidade, pois reprograma o metabolismo e as suas vias de resistência. Os seus reais benefícios à saúde são a maior oxidação ou queima de gordura, a diminuição de colesterol mau (LDL), a redução dos níveis de insulina, a redução do stress oxidativo, a melhoria da motilidade intestinal, a diminuição da frequência cardíaca e pressão arterial e a redução de apetite e desejos por doces. Além disso, a dieta atrasa o envelhecimento e previne doenças como a obesidade", completa.

Diferente do que muitos acreditam, o jejum intermitente não causa anorexia nem perda de massa muscular, isto, claro, quando bem orientado. Esta dieta pode, pelo contrário, aumentar o nível de massa magra do corpo, melhorando a composição corporal, uma vez que eleva a produção de hormonas de crescimento (gH). Porém, nem todos os organismos se adaptam bem à dieta.

"Em alguns casos, [esta dieta] pode estimular o distúrbio alimentar em pessoas com histórico de anorexia ou bulimia, por exemplo. Grávidas, lactantes, crianças, pessoas com diabetes ou nsulina-dependentes, pessoas em momentos de alto stress e desportistas de alta performance também não são indicados para este tipo de dieta", alerta Flaviane.

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