Suplementos de ómega 3, afinal, não protegem o coração
Este nutriente tem sido associado a vários benefícios cardiovasculares, mas, diz a ciência, a suplementação pode não ser tão eficaz quanto o esperado.
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Uma das maiores revisões científicas sobre a saúde cardiovascular vem agora deitar por terra a ideia de que os suplementos de ácidos gordos ómega 3 são uma mais valia-para o coração.
Publicado no passado dia 31 de janeiro na revista científica JAMA Cardiology, o estudo da Universidade de Oxford revela que este ‘extra’ de ómega 3 é, na verdade, ineficaz na prevenção de doenças cardíacas.
Conta o The New York Tomes que a equipa responsável pelo levantamento científico não encontrou quaisquer evidências de que os suplementos de ácido gordo ómega 3 atuam como escudo protetor do coração. E mais, os investigadores também não notaram efeitos positivos na redução do risco por morte cardiovascular.
Este estudo, nota a publicação, vem deitar por terra as recomendações até agora feitas pela própria Sociedade Americana do Coração, que recomenda as pessoas com histórico de problemas cardiovasculares à toma diária de um suplemento à base de ácido gordo ómega 3, um nutriente encontrado, por exemplo, em peixes gordos ou frutos secos.
“Esta meta-análise desmonstrou que os ácidos gordos ómega 3 não apresentam uma associação significativa com a doença cardíaca coronária fatal ou não fatal ou com qualquer evento vascular importante. Não fornece suporte para as recomendações atuais para o uso de tais suplementos em pessoas com historial de doença coronária”, lê-se no relatório do estudo publicado online.
O estudo analisou 10 investigações anteriormente realizadas (todas elas com uma amostra mínima de 500 voluntários), tendo um total de 77,917 participantes com uma idade média de 64 anos. As doses de ómega 3 diárias em cada estudo situava-se entre os 226 e os 1800 miligramas e a média de anos de suplementação tomada pelos participantes era de 4,4 anos.
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