Uma equipa de cientistas da Universidade de Adelaide, na Austrália, concluiu que mulheres que tomam medicação para tratar os sintomas da asma, têm mais dificuldade em engravidar.
Todavia, aquelas que regularmente ingerem corticosteroides inalados, que ajudam na prevenção de ataques, não apresentam qualquer dificuldade em conceber.
Os investigadores australianos analisaram cinco mil mulheres, na Austrália, Nova Zelândia e no Reino Unido.
Os especialistas observaram que as mulheres que inalaram esteroides diariamente para prevenir a asma, engravidavam tão rapidamente tanto as mulheres que não sofriam da patologia pulmonar.
Porém, as pacientes que recorriam a fármacos para aliviar os sintomas da doença, já quando estavam doentes, demoravam mais 20% de tempo a engravidar, e um terço dessas mulheres esperavam mais de um ano.
O coordenador do estudo, o clínico Luke Grzeskowiak, disse: “Mulheres que tomam medicação, para aliviar a asma, durante um curto espaço de tempo, demoram mais tempo para conceberem. É possível que, apesar dos sintomas que as afligem serem atenuados, que a inflamação continue presente durante mais tempo noutros órgãos do corpo.
Os cientistas dizem que ainda não é claro se as drogas em questão causam problemas de fertilidade a longo prazo, ou se as mulheres que sofrem de asma têm simplesmente já por si mais dificuldades em engravidar.
Estudos anteriores inferiram que a doença que afeta os pulmões pode causar infertilidade, devido à inflamação que provoca no útero.