A população não para de crescer e leva à frequente questão de onde se irá arranjar alimento para todos. Para se responder a tal questão, importa não esquecer que as inevitáveis alterações climáticas vão também alterar os recursos que atualmente fornecem produtos alimentares, um problema que terá mais impacto nas zonas onde a população é mais densa, como aponta a especialista Jordi Serra ao La Vanguardia.
Prevê-se, por isso, certas alterações que se podem desde já antever. Para começar, o consumo de carne terá obrigatoriamente de diminuir (a sua produção carece de uma quantidade de água e energia que não será garantida daqui a uma décadas). Para se prevenirem, algumas empresas têm vindo a definir estratégias de produção de carne sintética, como é o caso da China, que fechou acordo com uma empresa israelita que produz ‘galinha’ de forma sintética – um negócio que custou 300 milhões de dólares aos empresários chineses.
Também a produção de peixe será afetada e investimentos semelhantes estão a ser negociados, por exemplo para a produção de salmão a partir de células vegetais.
Mas não só de soluções sintéticas prevê-se depender a alimentação dentro de três décadas, mas também de outras formas, desde que não dependam de terra ou sol, como através de insetos - das soluções mais faladas em análises do género, que serão alimentos não só para os humanos mas também de outros animais.
Segundo o responsável pela Reimagine Food, a proteína será ainda conseguida através das próprias casas, onde cada indivíduo terá aparelhos próprios para tal (biorreatores). Outros aparelhos que se aponta como futuramente ‘indispensáveis’ serão os drones que nos trarão as compras a casa e as smartkitchens – em suma, a inteligência artificial irá marcar presença, e quiçá protagonizar, a vida dos seres humanos num futuro em breve.