Síria: Ataque atribuído a Israel matou 15 combatentes, oito iranianos
O ataque noturno com mísseis "provavelmente israelitas" perto de Damasco matou 15 combatentes estrangeiros pró-regime, entre os quais oito iranianos, segundo um novo balanço do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
© Reuters
Mundo OSDH
O ataque, na terça-feira à noite, visou um depósito de armas alegadamente pertencente aos Guardas da Revolução do Irão, o exército de elite do regime iraniano, no setor de Kiswa ao sul da capital, precisou o OSDH.
A agência noticiosa oficial síria, Sana, indicou então que o Exército sírio intercetou e destruiu dois mísseis israelitas lançados contra Kiswa.
Antes, a agência tinha falado de explosões naquele setor, enquanto a televisão síria transmitiu imagens de chamas que, dizia, eram de um incêndio provocado pela destruição dos dois mísseis.
Israel não fez comentários, mas o Estado hebreu já tinha bombardeado posições militares no setor, nomeadamente um depósito de armas em dezembro.
Já hoje, fonte militar citada pela Efe disse que o exército libanês se encontra em estado de alerta na fronteira com Israel devido ao alegado disparo israelita contra a base iraniana na Síria.
Trata-se de "uma medida de prevenção", já que não se prevê qualquer ação militar, acrescentou a fonte.
O Exército israelita informou na terça-feira que Israel se encontra em "alerta máximo" face ao risco de um ataque na zona dos montes Golã -- território sírio ocupado e anexado pelo Estado hebreu --, "após identificar atividade irregular das forças iranianas na Síria".
Há dois dias, os meios de comunicação israelitas, citando fontes da defesa, alertaram para um possível ataque iraniano com mísseis contra o norte de Israel em retaliação pelos bombardeamentos contra bases sírias que são atribuídos ao Estado hebreu.
Duas operações atribuídas a Israel na Síria a 09 e 29 de abril causaram vários mortos iranianos e fazem temer uma escalada, tendo o Irão declarado que os ataques não ficariam sem resposta.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu em numerosas ocasiões que o Irão procura estabelecer-se na vizinha Síria -- Teerão é um dos principais aliados do regime de Bashar al-Assad -, assegurando que não o permitirá.
O Irão não reconhece Israel e o Estado hebreu vê Teerão como uma ameaça existencial e denuncia regularmente o seu apoio ao movimento libanês Hezbollah, poderosa milícia xiita que enfrentou numa guerra em 2006.
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