Libertação Nacional pausa atividade militar durante eleições na Colômbia
A guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia anunciou hoje que vai suspender as suas "atividades militares" durante as eleições gerais no país para permitir que a população vote com tranquilidade.
© Reuters
Mundo ELN
"O ELN cessará as atividades militares à meia-noite de 25 de maio, até a meia-noite de [dia] 29 para criar condições favoráveis para que a sociedade colombiana se expresse nas eleições", escreve a organização na sua conta do Twitter.
A primeira volta das eleições presidenciais na Colômbia está agendada para o dia 27 de maio.
O governo colombiano e a guerrilha do ELN tinham recomeçado na passada quinta-feira negociações de paz em Havana, procurando um novo cessar-fogo bilateral que permitisse considerar o fim do mais antigo conflito armado do continente americano.
Iniciadas em fevereiro de 2017 em Quito, capital equatoriana, as discussões mudaram de país de acolhimento depois de o Equador recuar devido a um aumento da violência na sua fronteira com a Colômbia.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2016, após ter negociado um acordo de paz histórico com a principal guerrilha do país, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), deseja um acordo semelhante com o ELN "o mais rapidamente possível".
Contudo, tendo em conta que deixará o poder em agosto, Juan Manuel Santos admite que tal será difícil.
Última guerrilha ativa na Colômbia, o ELN, de inspiração cristã e nascido em 1964, está no seu quinto ciclo de discussões com o governo.
As duas partes chegaram em outubro de 2017 a um cessar-fogo histórico, que durou 101 dias. Quando as tréguas terminaram em janeiro de 2018 não foram renovadas, tendo o governo colombiano acusado o ELN - com cerca de 1.500 combatentes - de vários ataques. A guerrilha também acusou o governo de desrespeitar o cessar-fogo.
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