CNE da Venezuela desvaloriza denúncias sobre incumprimentos nas eleições
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela desvalorizou hoje as alegações feitas por alguns candidatos sobre violações das regras e acordos de garantia nas eleições presidenciais, afirmando que não são "nada" em comparação com outros processos.
© Reuters
Mundo Presidenciais
"Recebemos denúncias de natureza diferente, nada que se compare com outros processos eleitorais, mas a nossa avaliação demonstra que tudo decorreu com tranquilidade", referiu Tibisay Lucena, citada pela agência EFE.
Tibisay Lucena assegurou que as denúncias, maioritariamente feitas contra as organizações que apoiam a reeleição do presidente Nicolás Maduro, foram atendidas, analisadas e que outras foram reencaminhadas para poderem ser averiguadas.
Os candidatos Henri Falcon e Javier Bertucci relataram a existência de, pelo menos, 350 violações da lei eleitoral pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Em causa, está, principalmente, o uso da estrutura do PSUV e dos partidos aliados para registar os eleitores através da plataforma 'cartão da pátria', um sistema do Governo onde estão registadas informações pessoais dos eleitores.
Mais de 20,5 milhões de venezuelanos são chamados hoje às urnas para eleger o Presidente da República, que dirigirá a Venezuela até 2025.
O chefe de Estado, Nicolás Maduro, deverá ser reeleito. As eleições foram boicotadas pela generalidade da oposição - a Mesa de Unidade Democrática, principal coligação da oposição, apelou à abstenção - e consideradas fraudulentas por vários países.
Além de Nicolás Maduro, concorrem outros três candidatos: Henri Falcón (dissidente do chavismo), o pastor evangélico Javier Bertucci e o engenheiro Reinaldo Quijada.
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