Macron recebe hoje imigrante ilegal do Mali que salvou vida de criança
Um jovem maliano que se encontra ilegal em França e que se tornou um 'herói' ao salvar a vida de uma criança vai ser recebido hoje nos Campos Eliseus pelo Presidente francês.
© Reuters
Mundo França
O imigrante vai ser recebido no palácio presidencial por Emmanuel Macron, anunciou fonte do gabinete do chefe de Estado no domingo à noite, à agência de notícias France-Presse.
O seu ato espontâneo, que foi filmado em vídeo e que teve milhões de visualizações, gerou uma onda de apelos com vista à sua regularização.
Uma criança cujos pais não estavam em casa caiu da janela do quarto andar de um apartamento em Paris ficando pendurada na sacada, quando foi resgatado por Mamoudou Gassama, originário do Mali.
O porta-voz do governo francês, Benjamin Griveaux, escreveu no domingo, na rede social Twitter: "este ato de uma imensa bravura, fiel aos valores de solidariedade da nossa República, deve abrir-lhe as portas na nossa comunidade nacional".
A SOS Racisme sublinhou num comunicado distribuído no domingo, por sua vez, que "Mamoudou Gassama lembra-nos que as pessoas em situação irregular são seres humanos, com (...) imensa coragem, da qual fazem prova durante a perigosa viajem com destino à Europa".
"Uma coragem que continuam frequentemente a manifestar aqui [França]", realçou a organização, antes de solicitar "ao ministro do Interior para regularizar a situação do senhor Gassama".
Descoberto pelos 'media' 24 horas depois do seu gesto, Mamoudou Gassama, de 22 anos, contou o episódio: Vi muita gente prestes a chorar e ouvi as sirenes das viaturas. (...) Tive medo quando salvei a criança, mais tarde comecei a tremer, não conseguia suster-me nos meus pés e tive que me sentar".
"Obrigado Deus, eu salvei-a", exclamou o maliano.
Para além das reações nas redes sociais, as declarações e os elogios políticos não tardaram a chegar, no próprio dia, nomeadamente pela presidente do município de Paris e pelo presidente do partido Les Republicains da região Ile-de-France.
A mãe da criança não se encontrava em Paris no momento dos acontecimentos, mas o pai foi detido por ter deixado o filho sem supervisão. A criança foi entregue temporariamente a uma estrutura de acolhimento.
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