Um homem abriu fogo, esta terça-feira, na cidade belga de Liège, causando a morte de pelo menos dois polícias e um transeunte. Há ainda registo de dois feridos. Perante o alerta de potencial ato terrorista, a cidade ficou em estado de sítio.
Depois dos disparos, o atacante terá sido abatido pelas autoridades belgas. Em declarações à BBC, fonte da polícia belga disse que a situação já está controlada e que o atacante foi "neutralizado".
De acordo com a RTBF, depois de disparar contra os polícias, nas imediações do café des Augustins, na rua d´Avroy, o homem terá feito uma refém no sexto andar de um edifício, alegadamente o liceu de Waha. Os estudantes e a mulher, ao que tudo indica uma funcionária da escola, estão em segurança, acompanhados pela polícia.
As motivações que estão na origem do ataque ainda não são conhecidas. De acordo com o jornal belga La Libre, há relatos de que o atacante terá gritado "Deus é grande" em árabe. É expectável que a polícia de Liège dê uma conferência de imprensa nas próximas horas para dar mais pormenores relativamente ao ataque desta manhã.
Novas informações veiculadas pelos media belgas identificam o atacante como sendo Benjamin Herman, um belga natural de Rochefort, de 36 anos, que, alegadamente, em regime de saída precária, terá deixado ontem da prisão onde se encontra a cumprir pena por tráfico de droga.
Ato de "violência cobarde e cega"
A RTBF realça que o mais provável é que o ataque, registado às 10h30 locais (menos uma hora em Portugal Continental) se trate de um ato terrorista.
#Liege #boulevard #avroy #shooting #fusillade #echanges 2 policiers morts pic.twitter.com/m72CcIzr9A
— QK Pham (@Moon_DEX) May 29, 2018
Deuxième convoi d’ambulance qui quitte la zone. La situation a l’air d’être terminée. Moins d’effervescence sur le boulevard, les policiers sont moins sur les nerfs pic.twitter.com/sexjKmfkuG
— Victor ⌬ (@VICTORJ_FR) May 29, 2018
Entretanto, o ministro belga do Interior, Jan Jambon, garantiu que o centro de crise anti-terrorista da Bélgica está a monitorizar o tiroteio. "O centro de crise anti-terrorista está a analisar a situação", afirmou Jambon na rede social Twitter.
O ministro do Interior lamentou ainda as vítimas do ataque desta manhã e garantiu que as autoridades estão a trabalhar para apurar o que realmente aconteceu.
"Os nossos pensamentos estão com as vítimas deste ato horrível. Estamos num processo para estabelecer o que aconteceu exactamente", escreveu.
Também o primeiro-ministro belga, Charles Michel, já reagiu, condenando o ato de "violência cobarde e cega" e anunciando que deverá visitar o local, acompanhado pelo rei, Philippe
A Bélgica, saliente-se, vive no nível de alerta terrorista mais elevado desde 2016. Em março desse ano, um ataque reivindicado pelo autodesignado Estado Islâmico causou pelo menos 32 mortos. Já em 2015, no atentado de Paris que causou mais de 100 mortos, vários militantes perpetraram o ataque a partir da capital belga, Bruxelas.