Centro-africanos refugiados em aeroporto retirados por militares
Mais de mil pessoas, que estavam a fugir da insegurança em Bangui e que se encontravam refugiadas no aeroporto internacional da capital da República Centro-Africana, foram parcialmente retiradas por soldados franceses e da força africana, disse uma fonte aeroportuária.
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Mundo Insegurança
A força militar africana (Misca) e as forças francesas, que garantem a segurança no aeroporto, “tentaram em vão durante todo o dia de quarta-feira convencer as pessoas a libertarem a pista de aterragem”, disse a fonte, sob anonimato.
“Eles fizeram uso de gás lacrimogéneo para poder fazê-los sair” entre a noite de quarta-feira e quinta-feira, acrescentou a fonte.
“A pista está desimpedida”, mesmo que muitas centenas de pessoas se recusem a deixar o aeroporto e suas restantes instalações.
“Não há voos ainda. Por medida de segurança, o voo da Air France previsto para chegar às 07:00 horas locais (a mesma hora em Lisboa) foi transferido para às 21:00”, ainda segundo a mesma fonte.
Vários religiosos, como o arcebispo de Bangui, Dieudonné Nzapalainga, estiveram no local na quarta-feira para tentar uma mediação.
Segundo uma fonte governamental, o Presidente da transição, Pichel Djotodia, aceitou receber hoje os representantes dos deslocados, na maioria habitantes de um bairro (Boeing) que fica ao lado do aeroporto, no norte de Bangui.
A insegurança reina neste bairro, considerado como um bastião do antigo Presidente François Bozizé, como no resto do norte da capital, local onde os rebeldes do Séléka (agora no poder) são acusados de abusos contra a população.
Na manhã de quarta-feira, novo tiroteio foi ouvido no bairro Boeing, levando mais de mil pessoas a refugiar-se na pista do aeroporto, ocasionando atrasos de pelo menos dois voos.
As autoridades centro-africanas anunciaram que deslocaram cerca de 300 polícias, polícia militar e membros da Misca para fazer a segurança dos bairros ao norte de Bangui, onde a violência e as pilhagens se multiplicaram nos últimos dias.
Desde a subida ao poder da coligação Séleka, que depôs o Presidente François Bozizé em março, que os antigos rebeldes são acusados de praticarem abusos contra a população civil.
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