O anterior balanço do naufrágio dava conta de 11 mortos.
Na noite de sábado para domingo, uma embarcação precária em dificuldades com um número indeterminado de migrantes a bordo foi avistada ao largo da costa da província de Sfax, no sul da Tunísia, informou inicialmente o Ministério do Interior tunisino.
Desde então, até "às 13:00 hora local (a mesma hora em Lisboa), 35 corpos foram recuperados e 68 migrantes foram socorridos", precisou, em declarações à agência noticiosa francesa France Presse (AFP), um porta-voz do Ministério da Defesa, Rachid Bouhoula, algumas horas depois das primeiras informações.
A identidade das vítimas mortais não é conhecida até ao momento.
Entre os migrantes resgatados estão tunisinos e sete cidadãos oriundos da Costa do Marfim, Mali, Marrocos e Camarões, segundo acrescentou o mesmo porta-voz.
"A guarda costeira e a Marinha continuam com as buscas com o apoio de um avião militar", referiu um comunicado divulgado pelo Ministério do Interior tunisino.
O mesmo ministério precisou que as autoridades tunisinas receberam um pedido de ajuda no sábado, por volta das 22:45 hora local (a mesma hora em Lisboa), de uma embarcação de pesca que estava a afundar-se ao largo de Kerkennah "com migrantes a bordo".
"Unidades da guarda marítima de Sfax e da Marinha nacional tunisina deslocaram-se para junto da embarcação que estava a cinco milhas náuticas da Ilha de Kerkennah e a 16 milhas náuticas" de Sfax, a segunda maior cidade da Tunísia, de acordo com a mesma nota informativa do Ministério do Interior tunisino.
Os tunisinos tentam frequentemente atravessar o Mediterrâneo em direção a Itália, à procura de uma entrada para a Europa e de uma vida com melhores condições. Segundo várias organizações não-governamentais (ONG), esta situação reflete a insatisfação vivida por muitos jovens tunisinos, muitos deles afetados pelo desemprego.
Em março último, 120 pessoas, a maioria oriunda da Tunísia, que estavam a tentar alcançar, de forma clandestina, as costas italianas foram resgatadas pela Marinha tunisina.