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EUA alerta para prováveis "ataques iminentes" no norte de Moçambique

A embaixada dos Estados Unidos em Maputo alertou hoje os cidadãos norte-americanos residentes em Moçambique para prováveis "ataques iminentes" no norte do país africano, região que está a ser afetada por incidentes atribuídos a 'jihadistas'.

EUA alerta para prováveis "ataques iminentes" no norte de Moçambique
Notícias ao Minuto

18:25 - 08/06/18 por Lusa

Mundo Embaixada

Num alerta divulgado na página oficial da embaixada na Internet, aquela representação diplomática "aconselha firmemente" os cidadãos norte-americanos que se encontrem no distrito de Palma para considerarem deixar imediatamente a região imediatamente".

O alerta da embaixada foi emitido na sequência de ataques atribuídos a 'jihadistas', que terão já provocado pelo menos 24 mortos entre os populares residentes naquela zona.

O mais recente ataque provocou seis mortos na noite de quarta-feira na aldeia de Namaluco, distrito de Quissanga, onde foram queimadas cerca de 200 casas, segundo disseram à Lusa autoridades e residentes.

Entre os seis mortos, há vítimas baleadas e outras decapitadas, acrescentaram as mesmas fontes.

Há ainda dois feridos em estado grave depois de terem sido baleados.

Esta nova vaga de violência começou com incursões nas aldeias de 25 de Junho e Monjane, no distrito de Palma, a 27 de maio, provocando dez mortes por decapitação.

Um outro habitante terá sido assassinado em Muti, na quinta-feira, dia 31.

Entretanto, durante operações das autoridades com apoio da população no distrito de Palma, 11 suspeitos de pertencer aos grupos armados foram mortos: nove na sexta-feira, dia 01 de junho, e outros dois no domingo, dia 03, disseram fontes locais à Lusa.

O porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), Inácio Dina, confirmou a operação de dia 01 e referiu que essas mortes aconteceram depois de os suspeitos resistirem a uma ordem de rendição.

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, tem sido alvo de ataques de grupos armados desde outubro de 2017, causando um número indeterminado de mortes e deslocados.

Um estudo divulgado em maio, em Maputo, aponta a existência de redes de comércio ilegal na região e a movimentação de grupos radicais islâmicos, oriundos de países a norte, como algumas das raízes da violência.

Diversos investimentos estão a avançar na província para exploração de gás natural dentro de cinco a seis anos, no mar e em terra, com o envolvimento de algumas das grandes petrolíferas mundiais.

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