Foto de Merkel a confrontar Trump não é "o que parece". É ele quem o diz

Donald Trump explicou esta terça-feira, à margem da cimeira histórica com Kim Jong-un, em Singapura, o que esteve por trás da imagem tirada no âmbito do G7 que se tornou viral.

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© Getty Images

Andrea Pinto
12/06/2018 10:28 ‧ 12/06/2018 por Andrea Pinto

Mundo

Conferência

A foto correu o mundo e a teoria principal era a de que Angela Merkel confrontava Donald Trump, durante um dos intervalos da reunião do G7.

A imagem tirada por Jesco Denzel, fotógrafo da chanceler alemã, foi partilhada no Twitter e rapidamente se tornou viral. Muitos diziam que Merkel confrontava Donald Trump depois de o presidente dos Estados Unidos ter proposto um modelo de comércio livre e ter ameaçado parar todas as exportações para os países que mantêm a aplicação dos direitos aduaneiros a produtos norte-americanos. 

Mas isso pode não ser verdade. Pelo menos é o que garante o presidente norte-americano, que durante a conferência de imprensa que protagonizou esta manhã, na sequência da cimeira com Kim Jong-un, garantiu que a sua relação com os restantes líderes mundiais é boa, embora não esteja disposto a abdicar dos direitos do seu país para ficar bem ‘na fotografia’.  

“Sei que não parece e foi noticiado como sendo uma coisa má, em que estávamos zangados, mas na verdade estávamos simplesmente a conversar de forma amistosa”, começou por elucidar Trump.

O líder dos Estados Unidos garantiu que os elementos do G7 estavam apenas à espera que chegasse um “documento da reunião”, assegurando que tem uma boa relação com Merkel, bem como com os restantes líderes, incluindo o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

Apesar disso, fez sobressair que isso não o impedirá de bater o pé contra medidas com as quais não concorda.

“Estes países não podem continuar a ter vantagens sobre nós. Os números dos últimos anos indicam que o país perdeu 800 milhões de dólares em trocas comerciais, sobretudo em relação à China. Isso é injusto”, disse, explicando porque chamou Trudeau de "muito desonesto e fraco" depois de este último ter classificado como insultuosas as tarifas americanas.

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