Moscovo considera que Londres deve pedir desculpa por acusação
Moscovo considera que o Governo britânico deve pedir desculpa à Rússia e à comunidade internacional pelas acusações de envolvimento no envenenamento de duas pessoas em Inglaterra com um agente químico já utilizado contra um ex-espião em março.
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Mundo Envenenamento
"O Governo de Theresa May e os seus representantes devem pedir desculpa por tudo o que fizeram, tanto junto da Rússia como da comunidade internacional. Isso acontecerá daqui a algum tempo, mas acontecerá", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.
A responsável russa pediu por outro lado às forças policiais do Reino Unido que não incorram em "jogos políticos sujos" relacionando o novo caso de envenenamento com o caso do ex-espião Serguei Skripal e da filha Yulia, em março.
"Apelamos às forças de segurança britânicas que não se deixem levar por jogos políticos sujos de determinadas forças em Londres e que comecem, por fim, a colaborar com as entidades de segurança da Rússia", disse Zakharova em conferência de imprensa.
A porta-voz disse-se "impressionada" com declarações feitas hoje pelo ministro do Interior britânico, Sajid Javid, no parlamento, quando instou a Rússia e explicar o que aconteceu em Amesbury.
Um homem e uma mulher britânicos foram encontrados inconscientes no sábado em Amesbury, uma pequena cidade do sul de Inglaterra a uma dezena de quilómetros de Salisbury, localidade onde Serguei Skripal e a filha Yulia foram envenenados a 04 de março.
Depois de inicialmente atribuírem o incidente ao consumo de drogas, as autoridades britânicas anunciaram na quarta-feira que o casal foi exposto ao agente 'novichok'.
O casal agora afetado, identificado como Charlie Rowley, 45 anos, Daw Sturgess, 44, está internado em estado crítico no mesmo hospital de Salisbury em que estiveram internados os Skripal.
O caso Skripal provocou uma crise diplomática que se traduziu numa ação coordenada inédita para a expulsão de diplomatas russos de vários países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e dois terços dos países membros da União Europeia, a que a Rússia respondeu com a expulsão de diplomatas ocidentais.
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