O polémico deputado federal brasileiro Jair Bolsonaro, de 63 anos, oficializou a sua candidatura às eleições presidenciais no Brasil, marcadas para o próximo mês de outubro.
A candidatura foi oficializada pelo Partido Social Liberal (PSL) perante uma plateia de cerca de três mil pessoas num auditório no Rio de Janeiro. O candidato conotado com a extrema-direita prometeu privatizar várias empresas públicas e extinguir alguns ministérios.
Considerado o “Trump brasileiro”, conforme nota a BBC, o capitão da reserva do exército brasileiro é seguido por milhões de pessoas nas redes sociais (só no Facebook tem mais de cinco milhões de seguidores) e é conhecido pelos seus discursos considerados racistas e homofóbicos.
Para além disso, Bolsonaro chegou mesmo a afirmar que nunca existiu uma ditadura militar no Brasil e admite que caso seja eleito presidente em outubro poderá retirar o Brasil do Acordo do Clima de Paris, à semelhança do que fez Donald Trump com os Estados Unidos.
Bolsonaro surge, atualmente, em segundo lugar nas sondagens para as presidenciais de outubro, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril, não sendo ainda certo que o ex-presidente possa concorrer nas eleições.
O agora candidato do PSL também enfrenta problemas na justiça, nomeadamente por acusações de racismo, homofobia ou misoginia. Entre outras declarações, em 2015, Bolsonaro disse que a congressista Maria do Rosário “não merecia ser violada por ser feia”. Quatro anos antes, disse à revista Playboy que seria “incapaz de amar um filho homossexual”.
Esta segunda-feira foi ainda revelado que Roberto Medina, o fundador do Rock in Rio, dirigiu as gravações dos vídeos de campanha de Jair Bolsonaro.