Balanço de mortos em ataque aéreo no Iémen sobe para 43
O balanço de mortos do ataque aéreo que atingiu um autocarro na zona de um movimentado mercado no norte do Iémen subiu para 43, incluindo crianças, e deixou ainda 63 feridos, divulgou o Ministério da Saúde dos rebeldes Huthis.
© Reuters
Mundo Coligação
O ataque da coligação liderada pela Arábia Saudita ocorreu no mercado Dahyan, na província de Saada, que é um bastião dos rebeldes Huthis.
A coligação declarou que atacou os Huthis após os rebeldes terem disparado um míssil no sul do país, na quarta-feira, que provocou a morte de uma pessoa.
A televisão Al-Masirah, dirigida por rebeldes do Iémen, exibia imagens dramáticas de crianças feridas, com as suas roupas e mochilas cobertas de sangue, enquanto estavam deitadas em macas hospitalares.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), através de uma mensagem na rede social Twitter, indicou que um hospital apoiado pela organização recebeu dezenas de mortos e feridos, e que entre as vítimas mortais contam-se 29 crianças.
A província iemenita de Saada fica ao longo da fronteira com a Arábia Saudita.
O autocarro atingido estava a transportar civis locais, incluindo muitas crianças, segundo líderes tribais do Iémen, que falaram sob condição de anonimato por medo de represálias.
O coronel Turki al-Malki, porta-voz da coligação, disse que o ataque em Saada tinha como alvo os rebeldes que haviam disparado um míssil no sul do reino, matando uma pessoa e ferindo outras 11 pessoas.
Al-Malki insistiu que o ataque de hoje em Saada foi uma "ação militar legítima" e "está de acordo com o direito internacional humanitário".
O porta-voz também acusou os Huthis de recrutar crianças e usá-las nos campos de batalha para encobrir as suas ações.
A coligação disse que o projétil de quarta-feira, disparado em direção à cidade de Jizan, no sudoeste da Arábia Saudita, foi intercetado e destruído, mas os seus fragmentos causaram as baixas.
A Arábia Saudita apoia o Governo internacionalmente reconhecido do Iémen e está em guerra com os Huthis desde março de 2015.
Os rebeldes controlam grande parte do norte do Iémen, incluindo a capital, Sana.
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