É oficial. Bruxelas vai (mesmo) propor o fim da mudança de hora
Bruxelas vai propor, oficialmente, a eliminação da mudança de hora na União Europeia. Foi o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que o fez saber, esta sexta-feira.
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Mundo Juncker
A Comissão Europeia vai propor o fim da mudança de hora, depois de essa ter sido a vontade expressa por uma grande maioria dos europeus na consulta pública lançada este verão, anunciou o presidente do executivo comunitário.
"Milhões de cidadãos disseram que não querem continuar a alterar o relógio. A Comissão Europeia vai fazer o que eles dizem. Seguir-se-á proposta legislativa", anunciou Jean-Claude Juncker, através da conta de uma das suas porta-vozes na rede social Twitter.
O presidente da Comissão Europeia acrescentou, em declarações à estação televisiva alemã ZDF, que "quando se consulta os cidadãos sobre algo, convém de seguida fazer aquilo que eles desejam".
Atualmente, as disposições relativas à hora de verão na União Europeia exigem que os relógios sejam alterados duas vezes por ano, uma em março e outra em outubro - para ter em conta a evolução dos padrões de luz do dia e tirar partido da luz disponível num dado período.
Recorde-se que foi realizada uma consulta pública para perceber qual é a opinião dos europeus relativamente a este assunto e, apesar do relatório final ainda não ter sido divulgado, a imprensa alemã antecipou-se e avançou que, pelo menos, 80% dos europeus que responderam à consulta preferem apenas um horário unificado.
A consulta pública online sobre a mudança de hora, lançada pela Comissão Europeia em julho e concluída em 16 de agosto, teve uma participação recorde na União Europeia, com mais de 4,6 milhões de contributos.
A mudança de hora é feita com base na crença de que promove uma maior poupança de energia, uma maior segurança rodoviária e um melhor aproveitamento dos tempos livres, na medida em que o objetivo é que haja mais luz solar durante as horas úteis do dia.
Contudo, estudos recentes referem que a mudança de hora pouco influencia nestes aspetos e que o impacto da mudança nos biorritmos humanos, até em níveis de concentração, são mais graves do que se possa imaginar.
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