Ex-chefe rebelde Jean-Pierre Bemba denuncia "farsa eleitoral" no Congo
O ex-chefe rebelde Jean-Pierre Bemba, cuja candidatura foi excluída das eleições presidenciais na República Democrática do Congo (RDCongo), denunciou hoje o que considerou ser uma "farsa eleitoral".
© Reuters
Mundo Candidatura
A exclusão da eleição após ser condenado por "suborno de testemunhas" pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) foi hoje confirmada pelo Tribunal Constitucional congolês depois de a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) declarar a candidatura inadmissível em agosto.
Bemba reagiu à decisão acusando o Tribunal Constitucional de estar às ordens do poder.
"Tudo isto é uma encenação para que o candidato do poder não tenha de enfrentar um candidato sério", acusou Bemba, em declarações à Frnce 24, considerando "preocupante" o "facto de se escolherem os opositores".
Bemba é o candidato escolhido pela oposição para o escrutínio de dezembro, que deverá designar o sucessor de Joseph Kabila.
"Vamos assistir a uma farsa eleitoral" em dezembro, afirmou o antigo rebelde que foi absolvido pelo TPI após apresentar recursos contra uma condenação de oito anos por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos pelas suas milícias na República Centro-Africana.
Jean-Pierre Bemba, de 55 anos, antigo vice-Presidente da RDCongo, apresentou a sua candidatura após um regresso triunfal a Kinshasa em agosto.
Tem sido considerado como um sério candidato à sucessão do Presidente Joseph Kabila, cujo segundo mandato deveria ter terminado em dezembro de 2016 e que não poderia recandidatar-se, após este ter designado um "delfim", o ex-ministro do Interior Ramazani Shadary.
Rival derrotado de Kabila nas eleições presidenciais de 2006, Bemba teve de abandonar a capital sob escolta das Nações Unidas em abril de 2017, na sequência de combates entre os seus apoiantes e o exército que provocaram entre 200 a 300 mortos.
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