Guerrilha colombiana rejeita condições do Governo para negociações
A guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional (ELN) considerou hoje inaceitáveis as condições apresentadas pelo Presidente da Colômbia para retomar, em Cuba, as negociações de paz, e acusou Ivan Duque de pôr fim ao processo.
© Reuters
Mundo ELN
Depois de suceder, em 07 de agosto, a Juan Manuel Santos, Duque estabeleceu um prazo de um mês para se pronunciar sobre as negociações com o ELN, a decorrer em Cuba e suspensas pelo anterior Governo. O prazo terminou na sexta-feira.
Ao recusar reconhecer os acordos alcançados durante a presidência do antecessor e "ao impor unilateralmente condições inaceitáveis, este Governo (...) pôs fim ao processo de diálogo", cujo objetivo era conseguir um acordo de paz, declararam os negociadores do ELN em Havana, em comunicado.
Os negociadores defenderam, na mesma nota, um reinício das negociações "sem mais condições".
No sábado, Duque exigiu a libertação de todos os reféns detidos pelo ELN, que as autoridades estimaram serem 16, antes de retomar as negociações de paz.
Este grupo de 16 reféns inclui nove polícias, militares e agentes contratuais do Estado que o ELN raptou em operações realizadas desde a suspensão das negociações, no início de agosto. Três outros reféns, militares, foram libertados na quarta-feira passada.
O ELN é considerado o último grupo rebelde do país, depois do desarmamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), transformadas em partido político, na sequência do histórico acordo de paz assinado no final de 2016.
Nascido como as FARC, em 1964, durante uma revolta camponesa, o ELN conta ainda perto de 1.500 guerrilheiros. De acordo com as autoridades colombianas, o grupo financia-se através do tráfico de drogas e de minas ilegais.
O ex-Presidente Juan Manuel Santos recebeu o prémio Nobel da Paz, na sequência da assinatura do acordo de paz com as FARC.
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