Governo da Líbia pede à ONU para tomar "medidas mais firmes e eficazes"
O Governo da Líbia pediu às Nações Unidas para tomarem medidas "mais firmes e eficazes" para proteger os civis dos combates que decorrem na capital do país, que já fizeram mais de 100 mortos desde agosto.
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Mundo Combate
Num comunicado divulgado na sexta-feira à noite, o governo internacionalmente reconhecido da Líbia (GNA, na sigla inglesa) convocou a missão da ONU no país para "colocar o Conselho de Segurança em contacto com a realidade dos eventos sangrentos na Líbia para que assuma a sua responsabilidade".
Apesar de um acordo de cessar-fogo a 04 de setembro, sob a égide da ONU, os confrontos recomeçaram esta semana, com especial intensidade no bairro de Salaheddine e na estrada para o aeroporto internacional de Tripoli, destruído em 2014 pelos confrontos de então.
Esta manhã os combates ficaram marcados por uma pausa, no dia a seguir a uma intensificação dos combates, que fez 15 mortos e dezenas de feridos, segundo a porta-voz do Ministério da Saúde, Wedad Abu Al-Niran.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu no princípio de setembro a "suspensão imediata das hostilidades" na Líbia e o respeito pelo acordo de cessar-fogo concluído sob o auspício da ONU.
Em comunicado, a organização disse, a 02 de setembro, condenar "a violência contínua em torno da capital da Líbia, incluindo os bombardeamentos indiscriminados usados por grupos armados, que matam e ferem civis, incluindo crianças".
Desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011, que a capital líbia tem estado no centro de uma luta de influência entre milícias em busca de dinheiro e de poder.
As sucessivas autoridades de transição, entre as quais o GNA, foram incapazes de formar um exército e forças de segurança regulares, tendo sido obrigadas a contar com as milícias para assegurar a segurança da cidade.
Em maio, os protagonistas da crise líbia, Sarraj e o marechal Khalifa Haftar, que domina o leste da Líbia onde criou um autoproclamado exército nacional líbio (ANL), comprometeram-se em Paris a organizar eleições legislativas e presidenciais em dezembro.
No entanto, analistas consideram que a fragmentação do país, a insegurança e a ausência em Paris de alguns atores influentes tornam difícil o cumprimento daquele prazo.
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