Nações Unidas querem reunião em dezembro sobre Sahara Ocidental
O emissário da ONU para o Sahara Ocidental, o alemão Horst Kohler, convidou Marrocos, Argélia, Frente Polisário e Mauritânia para uma reunião de discussão em 04 e 05 dezembro em Genebra, na Suíça, disseram hoje fontes diplomáticas.
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Mundo Genebra
As cartas foram enviadas às quatro partes, que devem responder ao convite antes de 20 de outubro, precisaram as mesmas fontes.
Para Marrocos, Argélia e Mauritânia, as cartas foram enviadas aos ministros dos Negócios Estrangeiros destes países. Mas, o nível de representação que terá cada um destes estados na Suíça, no final do ano, ainda não é conhecido.
Junto da ONU não foi possível obter um comentário a esta reunião, segundo a AFP.
No entanto, segundo as mesmas fontes diplomáticas, o encontro não é tanto "uma reunião de negociações", é mais uma "mesa redonda", de debate.
A última ronda de negociações entre Marrocos e a Frente Polisário remonta a 2008 e, depois dela, a situação naquela zona permaneceu bloqueada. Este ano a Argélia fez saber que se recusava a negociações diretas com Marrocos.
Horst Koehler tinha prometido, no início do ano, ao Conselho de Segurança uma nova ronda de negociações para 2018, mas sem dar publicamente datas.
A Frente Polisário independentista reclama um referendo de autodeterminação para o Sahara Ocidental, uma faixa de deserto de 266.000 km2, só território de África, de acordo com o estatuto pós-colonial não regulamentado. Marrocos rejeita qualquer outra solução que não seja a autonomia da região sob a sua soberania.
Marrocos tomou a partir de 1975 o controlo da maior parte do Sahara Ocidental que até ali estava nas mãos da potência colonizadora espanhola. A Polisário, que lutava contra o domínio espanhol, proclamou em 1976 uma República árabe subsariana democrática e lutou com as tropas marroquinas até ao cessar-fogo acordado em 1991 entre as duas partes sob a égide da ONU.
A missão dos capacetes azuis da ONU no Sahara Ocidental (Minurso), que continuava a garantir o cessar fogo, não foi renovada em abril pelo Conselho de Segurança e, seis meses depois, sob as pressões dos Estados Unidos, avança-se para a resolução do conflito.
O Conselho de Segurança aprovou um prolongamento da missão até ao final do mês de outubro.
A Minurso conta com 400 pessoas e um orçamento anual de 50 milhões de dólares.
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