Sínodo dos Bispos começa hoje com o desafio de entender os jovens

O Sínodo dos Bispos reúne no Vaticano 267 padres sinodais, 23 especialistas e 36 jovens entre hoje e 28 de outubro, para refletir sobre os jovens e as razões da sua distância da igreja.

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Lusa
03/10/2018 05:23 ‧ 03/10/2018 por Lusa

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A assembleia dos bispos católicos tem como tema "Juventude, fé e discernimento vocacional", tendo o cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do Sínodo, afirmado que esta questão "é um desafio, mas a Igreja não tem medo de enfrentar esses desafios que são sempre difíceis e cheios de obstáculos".

Um dos relatores gerais, o cardeal brasileiro Sérgio da Rocha, explicou que durante o Sínodo serão estudadas as razões que levam a afirmar que os jovens estão afastados da Igreja.

O papa Francisco admitiu durante uma reunião com jovens na recente viagem aos países bálticos que estes sentem que a igreja nada tem a oferecer e que não entende os seus problemas.

Durante uma conferência de imprensa para a apresentação do Sínodo, Baldisseri fez referência à presença de jovens na assembleia que lidará com seus problemas.

Baldisseri especificou que a novidade é que esses 36 jovens, vindos de todo o mundo, se sentarão para debater e poderão contribuir com as suas ideias, embora não possam votar uma vez que esta é apenas uma prerrogativa dos bispos.

Na XV Assembleia Geral ordinária do Sínodo dos Bispos vão participar dois bispos chineses, a convite do papa.

A presença de dois bispos chineses no Vaticano representa o desanuviar das tensões entre a China e a Santa Sé, depois da assinatura, em Pequim, de um acordo provisório para a nomeação de bispos, principal motivo do conflito entre os dois Estados.

Os laços diplomáticos entre a China e o Vaticano são inexistentes desde 1951, após a excomunhão por parte de Pio XII de dois bispos designados por Pequim, facto ao qual as autoridades chinesas responderam com a expulsão do núncio apostólico, que se estabeleceu na ilha de Taiwan.

A China, por sua vez, não reconhece o papa e tem a sua própria Igreja Católica Patriótica desde 1949, quando Mao Zedong estabeleceu a República Popular da China.

No entanto, as relações bilaterais entre a China e o Vaticano registaram uma certa reaproximação no início do pontificado de Francisco e as partes expressaram, em várias ocasiões, disponibilidade para melhorar os laços.

 

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