Relatório sobre Kavanaugh esperado com ansiedade no Senado dos EUA
O relatório da polícia federal norte-americana (FBI, na sigla em inglês) sobre as alegadas ofensas sexuais protagonizadas pelo candidato de Donald Trump ao Supremo Tribunal, Brett Kavanaugh, está a ser aguardado pelos senadores com nervosismo.
© Reuters
Mundo FBI
Manifestações com protestos agressivos e a tomada de medidas de segurança reforçadas e raras acrescentaram-se à atmosfera de elevada tensão e ansiedade no Capitólio.
Enquanto os senadores esperam pelo relatório da polícia, três senadores republicanos, que podem decidir o futuro de Kavanaugh, criticaram o Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, por ter gozado, escarnecido e ridicularizado uma das acusadoras, Christine Blasey Ford, distorcendo as respostas desta na recente audição na comissão senatorial da Justiça.
As suas reações deixaram os republicanos preocupados com a possibilidade de Trump ter perturbado os seus esforços para reforçar o apoio a Kavanaugh nesta câmara do Congresso, onde têm uma maioria estreitíssima (51-49).
Dependente do momento da chegada do relatório do FBI, o líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, deve desencadear o processo que pode desembocar numa votação inicial na sexta-feira e prosseguir durante o fim de semana.
Dentro do Capitólio, a intensificação da tensão política, resultante da aproximação da época eleitoral, é refletida pelas crescentes ansiedades com a segurança dos senadores, no seguimento de algumas manifestações frequentes e por vezes agressivas de contestatários de Kavanaugh.
A senadora republicana Susan Collins, eleita pelo estado do Maine, disse a jornalistas que o ataque de Trump a Ford, na noite de terça-feira, num comício no estado do Mississípi era "completamente errado".
A senadora republicana Lisa Murkowski, eleita pelo Alasca, considerou-o "totalmente inapropriado e inaceitável" e o senador republicano Jeff Flake, do Arizona, afirmou na estação televisiva NBC que as afirmações de Trump eram "aterradoras".
Estes senadores republicanos, juntamente com os democratas Heidi Heitkamp, do Dacota do Norte, e Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, ainda não declararam a sua posição quanto a Kavanaugh.
Outros republicanos admitiram que os insultos de Trump podem ser prejudiciais.
Até um aliado de Trump, o senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, afirmou, durante uma conferência realizada pelo magazine The Atlantic, que lhe iria dizer "o senhor não está a ajudar".
O líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, de Nova Iorque, considerou que os insultos de Trump a Ford marcaram "uma descida de nível".
Quando se dirigia para o comício no Mississípi, no Air Force One (o avião da Presidência dos EUA), Trump estava furioso com os artigos do New York Times que o envolviam, e à família, em alegadas fraudes fiscais.
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