Erdogan quer saber se Turquia mantém desejo de entrar na UE
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, admitiu hoje novamente a possibilidade de realização de um referendo para os turcos decidirem se continuam a desejar a entrada na União Europeia (UE).
© Reuters
Mundo Referendo
Em discurso num fórum internacional, Erdogan frisou que Turquia e UE têm muito para contribuir a cada um, embora tenha criticado que os 28 Estados-membros estão a deixar o país turco à espera.
"Mas, se isto continua assim, com esta mentalidade, é manchete para os jornais de amanhã. O nosso dever é provavelmente nos dirigirmo-nos a 81 milhões de pessoas na Turquia e ver o que os 81 milhões decidem", afirmou o chefe de Estado turco.
A Turquia começou as conversações com a UE em 2005, mas o processo não progrediu devido, entre outras matérias, a questões relacionadas quanto aos direitos humanos e o Estado de Direito na Turquia.
Na segunda-feira, o Parlamento Europeu decidiu retirar os 70 milhões de euros de fundos destinados à Turquia como país candidato à adesão à UE, devido à falta de melhorias em matéria de Estado de Direito e direitos fundamentais.
Em sessão plenária, em Estrasburgo, os eurodeputados decidiram, por 544 votos a favor, 28 contra e 74 abstenções, que os 70 milhões de euros que se destinavam à Turquia irão agora ser canalizados para programas direcionados para os países vizinhos, nomeadamente para ajuda humanitária, ações na rota migratória do Mediterrâneo central, e compromissos da UE com a Síria.
Em novembro de 2017, o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu optaram por 'cativar' 70 milhões de euros dos fundos reservados à Turquia, que seriam entregues caso o Governo turco, presidido por Recep Tayyip Erdogan, empreendesse melhorias "quantificáveis e suficientes" em âmbitos como o Estado de Direito, a democracia, os direitos humanos ou a liberdade de imprensa.
Todavia, o relatório anual da Comissão Europeia sobre a Turquia, publicado em abril deste ano, concluiu que este país se tinha "distanciado significativamente da UE, em particular nas áreas do Estado de Direito e dos direitos fundamentais", através do "enfraquecimento do controlo e de equilíbrios efetivos no sistema político".
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