O porta-voz da agência indonésia de resposta a catástrofes, Sutopo Purwo Nugroho, disse numa conferência de imprensa que as operações foram prolongadas um dia e que terminarão na sexta-feira, depois das autoridades terem anunciado que as buscas seriam suspensas hoje à tarde.
Nugroho adiantou que o prolongamento se deve “aos pedidos dos moradores”.
Oficialmente o número de desaparecidos ascende a 680, mas responsáveis admitem que possam ser vários milhares dado que centenas de casas foram engolidas pela terra.
A organização Save the Children na Indonésia disse que podem estar desaparecidas até 1.500 crianças.
A presidente da organização, Selina Sumbung, referiu que o fim da missão de busca é aceite de “coração pesado”.
A agência indonésia de resposta a catástrofes disse que o balanço de mortos subiu hoje para os 2.073, com a maioria das vítimas em Palu, capital da província de Celebes Central.
Nugroho disse que a avaliação do custo da reconstrução ainda está a ser feita, adiantando que o “período de reconstrução deverá ser de 2019 a 2021”.
Um sismo de magnitude 7,5 atingiu as Celebes no passado dia 28, tendo sido seguido de um tsunami.
De acordo com a ONU, cerca de 200 mil pessoas precisam de assistência humanitária urgente.
O país situa-se no chamado Anel de Fogo do Pacífico, zona de forte atividade sísmica, situada na convergência de três placas tectónicas (indo-pacífica, australiana e eurasiática).
A ilha turística no sul da Indonésia foi atingida por dois fortes terramotos, em 29 de julho e em 05 de agosto, seguidos por réplicas, e de um novo sismo de magnitude 6,9, em 19 de agosto.