Estados Americanos pedem plano para derrotar narcotráfico na Venezuela
O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA) instou hoje a comunidade internacional a ativar o "Plano Venezuela", para derrotar o narcotráfico neste país, similar ao que os Estados Unidos da América têm para combater "os narcotraficantes" na Colômbia.
© Reuters
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"O Estado venezuelano tem sido completamente comido pelo narcotráfico (...). É necessário um 'Plano Venezuela', que erradique o crime organizado e o narcotráfico da estrutura de funcionamento do Estado", disse Luís Almagro.
O responsável da OEA falava no Miami Dade College, nos Estados Unidos da América, por ocasião de um fórum sobre se as democracias latino-americanas estão sequestradas pelo crime organizado".
Nesta iniciativa, participaram também os ex-Presidentes Andrés Pastrana (Colômbia), Luís Alberto Lacalle (Uruguai), Eduardo Frei Ruiz-Tagle (Chile), Jamil Mahuad (Equador), Jorge Quiroga (Bolívia) e Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica).
"Em democracia devemos implementar mecanismos cada vez mais eficazes de luta contra a impunidade e fazer frente a fenómenos e más práticas que ameaçam a preservação dos Direitos Humanos, como o crime organizado, o narcotráfico e a corrupção", frisou Luís Almagro.
O presidente da OEA acusou o Governo venezuelano de estar alegadamente envolvido no narcotráfico e disse ser "gravíssimo" que dois sobrinhos do Presidente do país, Nicolás Maduro, tenham sido condenados a 18 anos de prisão, nos Estados Unidos, por tráfico de estupefacientes.
Segundo Luís Almagro, centenas de milhões de dólares de vários dirigentes venezuelanos foram congelados pelas autoridades norte-americanas por "branqueamento de capitais", acusando os governantes venezuelanos de estarem agarrados ao poder, no qual mantêm um "aparelho criminoso".
Almagro pediu ainda à comunidade internacional que "assuma as culpas" por ter promovido um diálogo entre o Governo do Presidente Nicolás Maduro e a oposição, em 2016, quando se intensificam os protestos antigovernamentais no país.
Segundo o secretário-geral da OEA, o "Plano Venezuela" deveria incluir as subversivas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional colombiano, por práticas de narcotráfico.
Luís Almagro instou, por outro lado, o Tribunal Penal Internacional a responder às denúncias de violações dos Direitos Humanos na Venezuela e sublinhou que, "ao prender-se os ditadores, (...) põe-se um fim à ditadura".
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