Partido de Netanyahu afasta cenário de eleições antecipadas em Israel
O partido do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, negou hoje que se esteja a preparar para eleições antecipadas, mas as críticas e divergências no interior do governo de coligação aumentam de tom.
© Reuters
Mundo Coligação
Os rumores de que Benjamin Netanyahu se estaria a preparar para marcar eleições antecipadas surgiram na quinta-feira, um dia depois de o ministro da Defesa se ter demitido e no dia em que foram tornadas públicas sondagens que indicavam um muito fraco apoio popular ao governo.
O partido de Netanyahu rejeita esses rumores, surgidos de fontes próximas de Naftali Bennett, líder de um dos partidos que suporta o governo de coligação e onde ocupa o lugar de ministro da Educação, acusando-o de tentar desestabilizar a ação do primeiro-ministro.
Hoje, é o partido de Bennett a pedir formalmente essas eleições "o mais depressa possível", dizendo que quer uma data fixada já no domingo, de acordo com uma fonte oficial deste movimento ultra-nacionalista de Israel.
Perante a demissão de Avigdor Lieberman, ministro da Defesa israelita, Naftali Bennett disponibilizou-se para o substituir, dizendo que o governo israelita não está a ser eficaz no combate contra o movimento islâmico Hamas.
Lieberman anunciou a sua demissão, na quarta-feira, numa carta com uma única frase, depois de ter visto inviabilizada uma operação militar mais contundente contra o movimento islamita Hamas.
Netanyahu tem sido acusado de excessiva indecisão e muito criticado por não ter uma ação mais dura, naquela que é já considerada a situação em Gaza mais complicada desde 2014.
A contestação tem vindo a ganhar corpo dentro do próprio governo, com o ministro da Justiça, Ayelet Shaked (nomeado pelo partido liderado por Bennett), a sentenciar o fim deste executivo: "O governo falhou (...) e não há razões para a sua existência".
"A impressão entre os membros da coligação governamental é de que, apesar dos esforços de Netanyahu para cerrar fileiras, o cenário mais provável é que o Parlamento se dissolva em poucas semanas", explica o analista Yanir Cozin, do jornal israelita Maariv.
As eleições estão marcadas para o próximo ano, mas a tradição em Israel é que os mandatos não cheguem ao fim e vários analistas vaticinam um cenário de convocação antecipada de eleições.
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